segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Diretor de Fotografia Assina Sucesso de Bilheteria no Brasil



Por Maurício Thuswohl, swissinfo.ch
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“Nosso Lar” é um filme que já foi assistido por mais de quatro milhões de espectadores no Brasil.
Seu diretor de fotografia é o suíço Ueli Steiger, radicados nos EUA e figura tarimbada em vários sucessos de bilheteria. swissinfo.ch o entrevistou.


Após uma longeva temporada de mais de três meses de exibição no grande circuito das principais cidades do Brasil, o filme “Nosso Lar”, baseado no conhecido livro psicografado pelo médium Chico Xavier, saiu de cartaz no início de dezembro como um dos maiores êxitos desde a retomada da produção cinematográfica nacional. Com custo final estimado em US$ 10 milhões, “Nosso Lar” superou a marca de 4 milhões de espectadores em todo o país e atingiu o patamar de R$ 40 milhões em arrecadação nas bilheterias.

O impressionante desempenho observado de Norte a Sul do Brasil tornou o filme de temática espírita dirigido pelo cineasta carioca Wagner de Assis o segundo maior sucesso nacional de 2010. “Nosso Lar” ficou atrás somente do fenômeno Tropa de Elite 2 que, com quase 11 milhões de espectadores e ainda em cartaz, já é o maior sucesso de bilheteria da história do cinema brasileiro.

Uma das qualidades destacadas pelos críticos em “Nosso Lar” é seu apurado estilo visual, que confere uma atmosfera onírica, misturada a elementos de filmes de ficção científica, à narrativa transmitida pelo espírito André Luiz sobre as coisas que lhe acontecem após morrer e deixar a Terra.

Por trás da singular assinatura visual do filme brasileiro está o conceituado profissional suíço Ueli Steiger, radicado desde os anos 1980 em Los Angeles (Estados Unidos), onde fez a fotografia de grandes sucessos de Hollywood, como “Godzilla”, “O Dia Depois de Amanhã”, “Austin Powers” e “Vida de Solteiro”, entre outros.

Boa experiência

A sensação de participar de um grande sucesso de público pela primeira vez no Brasil é “muito boa”, diz o suíço, que conversou com a swissinfo.ch por telefone de sua casa em Los Angeles durante um breve período de folga durante um intervalo nas filmagens de uma produção na Alemanha. Ele afirma ter um carinho especial pelo Brasil: “Eu já conhecia os filmes brasileiros, é claro. O Brasil tem uma longa história de grandes filmes”, diz.

Ueli Steiger conta que sua relação com o Brasil se tornou mais estreita há alguns anos, quando estudou na Film School of London (Escola de Filme de Londres) e construiu amizade com o cineasta brasileiro Aluízio Abranches, então seu colega de curso. Convidado pelo amigo brasileiro para fazer a fotografia do longa-metragem “Do Começo ao Fim”, o suíço abriu novas portas para sua carreira: “No Brasil, passei ótimos momentos e tive experiências profissionais muito interessantes”.

Outros contatos no Brasil foram logo surgindo para Steiger: “Pudemos fazer alguns pequenos filmes, e fiz diversos novos contatos. Um desses contatos foi com o Wagner de Assis do ‘Nosso Lar’. Ele me falou sobre o filme, me disse que o projeto era muito ambicioso, e me convidou para ajudá-lo a fazer”, conta.

Segundo Steiger, o processo de produção de “Nosso Lar” obedeceu à mesma lógica dos outros filmes nos quais trabalha em Hollywood: “Estive no Rio, fiz as primeiras reuniões com o produtor de design e o diretor do filme. Na minha cabeça, logo ficou claro que se tratava de um filme complexo porque é um tipo de filme espiritual onde os efeitos devem desempenhar um papel diferente do desempenhado em um filme de ficção científica”.

Para colocar em prática o que havia pensado, Steiger comandou, além de alguns profissionais contratados no Brasil, uma pequena equipe que trouxe de Los Angeles e que sempre o acompanha, formada pelos técnicos norte-americanos Scott Drinon, Reid Russell e Joe Sanchez.

Ueli Steiger durante as filmagens no Rio de Janeiro. (www.imdb.de)
Conceito visual


Apesar de suas experiências recentes com os exageros visuais do cinema-catástrofe, Steiger optou por um maior comedimento em “Nosso Lar”, como admite: “Tratava-se de um filme religioso, um filme muito moral. Por isso, eu procurei trilhar um caminho, digamos, old fashion. Procurei buscar inspiração em coisas que eu gosto, do tipo Star Wars”.

A abordagem mais comedida, segundo o suíço, não significou um menor grau de dificuldade: “No começo foi preciso tomar uma decisão muito complicada sobre o que fazer aparecer como efeito e o que fazer aparecer como real nesse ambiente chamado de ‘Nosso Lar’ pelo personagem-narrador, o André Luiz. Por experiência, sabia que quanto mais elementos reais houvessem para serem trabalhados no computador, mais complicado seria para que o resultado visual ficasse bom”.

Outra preocupação constante de Steiger era o respeito ao orçamento do filme, terreno onde as realidades no Brasil e em Hollywood são bem distintas: “Efeitos visuais podem tornar muito cara a produção de um filme. Os filmes com grandes efeitos especiais são muitos caros para os padrões brasileiros. Avatar, por exemplo, custou US$ 50 milhões de dólares”, diz.

“Nosso Lar 2”


O enorme sucesso de “Nosso Lar” já faz surgirem na grande imprensa as primeiras especulações sobre a produção de uma continuação, desta vez baseada no livro “Os Mensageiros”, também psicografado por Chico Xavier a partir de um relato transmitido pelo espírito André Luiz. O filme “Nosso Lar 2” contaria novamente com a direção de Wagner de Assis e, provavelmente, com nova participação de Ueli Steiger.

Como a nova produção ainda não foi oficialmente confirmada, o suíço diz ainda não ter novos projetos em vista no Brasil, mas deixa escapar que novidades podem surgir em breve: “É claro que eu espero trabalhar em breve no Brasil novamente! Espero trabalhar novamente com Wagner de Assis. Eu espero ansioso para voltar ao Brasil porque nós criamos uma equipe de trabalho de muita qualidade e eu tive experiências muito interessantes no Rio e em Brasília”.

Maurício Thuswohl, swissinfo.ch
Rio de Janeiro

fonte:http://www.swissinfo.ch/por/cultura/Diretor_de_fotografia_assina_sucesso_de_bilheteria_no_Brasil.html?cid=29053594

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Ana Paula Arósio e Wagner Moura são eleitos melhor atriz e ator de cinema


Foto: Ag. News
POR REGINA RITO
Rio - Ana Paula Arósio e Wagner Moura foram eleitos, segunda-feira à noite, pela Associação Paulista de Críticos de Arte, melhor atriz e melhor ator de cinema, respectivamente, pelo filme ‘Como Esquecer’, de Malu di Martino, e ‘Tropa de Elite 2’, de José Padilha.

Na TV, ‘A Cura’, de João Emanuel Carneiro, da Globo, foi escolhida a melhor série. ‘Comédia MTV’ levou o de humor. Irene Ravache, o de melhor atriz por ‘Passione’; Murilo Benício, melhor ator por ‘Ti-ti-ti’ e ‘Força Tarefa’, ambos da Globo, e Rodrigo Faro, da Record, o de apresentador. A cerimônia de premiação acontecerá no primeiro trimestre de 2011, no Teatro Sesc Pinheiros, em São Paulo
Fonte: http://odia.terra.com.br/portal/diversaoetv/html/2010/12/ana_paula_arosio_e_wagner_moura_sao_eleitos_melhor_atriz_e_ator_de_cinema_131249.html

Elenco: Murilo Rosa, Ana Paula Arósio, Natália Lage, Arieta Correia.
Direção: Malu Di Martino
Gênero: Drama
Duração: --- min.
Distribuidora: Europa Filmes
Estreia: 15 de Outubro de 2010
Sinopse: Júlia (Ana Paula Arosio) é uma professora de literatura inglesa, 35 anos, que luta para reconstruir sua vida depois de viver uma intensa e duradoura relação amorosa com Antônia. Em meio a uma série de conflitos internos e diante da necessária readaptação para uma nova vida, não disfarça sua dor enquanto narra suas emoções. Ao longo do filme, ela vai encontrando e se relacionando com outras pessoas que também estão vivendo, cada uma a seu modo, a experiência de ter perdido algo muito importante em suas vidas. Uma trama instigante que fala de pessoas comuns enfrentando os desafios de superar as dores do passado e a busca por uma nova chance de encontrar a felicidade.

Curiosidades:
» 'Como Esquecer' é uma adaptação da história autobiográfica de Miriam Campello.

» O roteiro demorou três anos para ser escrito

Depois de "Mulheres do Brasil" (2006), a cineasta Malu de Martino leva para as telas do cinema seu segundo filme: "Como Esquecer".

Baseado no livro homônimo de Myriam Capello, o longa aborda a temática da homossexualidade, falando de sentimentos universais como a perda de um grande amor, amizade e recomeço.

O roteiro conta a história de Júlia, interpretada por Ana Paula Arósio, que é uma professora de literatura inglesa lutando para reconstruir sua vida, depois de viver uma intensa e duradoura relação amorosa com a enigmática Antônia.

Discutindo a temática homossexual sem tabus ou julgamentos, "Como Esquecer" se mostra sutil e de extrema delicadeza na hora de abordar o assunto.

É o que mostra o papel de Murilo Rosa, também homossexual, que faz um contraponto à personagem principal.

Ao perder um amor, que morre em um acidente, mostra-se otimista e, com humor, quebra o clima pesado que envolve permeia a perda de um grande amor.

"Todo mundo já perdeu algo importante na vida e não é fácil mesmo de superar isso. O filme mostra as várias formas de superar uma dor", afirma a diretora Malu de Martino.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

MENSAGEM DE NATAL


"Saber encontrar a alegria na alegria dos outros, é o segredo da felicidade!"

Um jovem, muito inteligente, certa feita se aproximou de Chico Xavier e indagou-lhe:
Chico, eu quero que você formule uma pergunta ao seu guia espiritual, Emmanuel, pois eu necessito muito de orientação.
Eu sinto um vazio enorme dentro do meu coração. O que me falta, meu amigo?
Eu tenho uma profissão que me garante altos rendimentos, uma casa muito confortável, uma família ajustada, o trabalho na Doutrina Espírita como médium, mas sinto que ainda falta alguma coisa.
O que me falta, Chico?
O médium, olhando-o profundamente, ouviu a voz de Emmanuel que lhe respondeu:
Fale a ele, Chico, que o que lhe falta é a “alegria dos outros”! Ele vive sufocado com muitas coisas materiais. É necessário repartir, distribuir para o próximo...
A alegria de repartir com os outros tem um poder superior, que proporciona a alegria de volta àquele que a distribui.
É isto que está lhe fazendo falta, meu filho: a “alegria dos outros”.


Será que já paramos para refletir que todas as grandes almas que estiveram na Terra, estiveram intimamente ligadas com algum tipo de doação?
Será que já percebemos que a caridade esteve presente na vida de todos esses expoentes, missionários que habitaram o planeta?
Sim, todos os Espíritos elevados trazem como objetivo a alegria dos outros.
Não se refere o termo, obviamente, à alegria passageira do mundo, que se confunde com euforia, com a satisfação de prazeres imediatos.
Não, essa alegria dos outros, mencionada por Emmanuel, é gerada por aqueles que se doam ao próximo, é criada quando o outro percebe que nos importamos com ele.
É quando o coração sorri, de gratidão, sentindo-se amparado por uma força maior, que conta com as mãos carinhosas de todos os homens e mulheres de bem.
Possivelmente, em algum momento, já percebemos como nos faz bem essa alegria dos outros, quando, de alguma forma conseguimos lhes ser úteis, nas pequenas e grandes questões da vida.
Esse júbilo alheio nos preenche o coração de uma forma indescritível. Não conseguimos narrar, não conseguimos colocar em palavras o que se passa em nossa alma, quando nos invade uma certa paz de consciência por termos feito o bem, de alguma maneira.
É a Lei maior de amor, a Lei soberana do Universo, que da varanda de nossa consciência exala seu perfume inigualável de felicidade.
Toda vez que levamos alegria aos outros a consciência nos abraça, feliz e exuberante, segredando, ao pé de ouvido: É este o caminho... Continue...

Sejamos nós os que carreguemos sempre o amor nas mãos, distribuindo-o pelo caminho como quem semeia as árvores que nos farão sombra nos dias difíceis e escaldantes.
Sejamos os que carreguemos o amor nos olhos, desejando o bem a todos que passam por nós, purificando a atmosfera tão pesada dos dias de violência atuais.
E lembremos: a alegria dos outros construirá a nossa felicidade
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Redação do Momento Espírita, com base em relato sobre episódio da vida
de Francisco Cândido Xavier, de autor desconhecido, e que circula pela Internet.
Em 29.11.2010.

FONTE: http://ismaelgobbo.blogspot.com/2010/11/alegria-dos-outros.html



O VERDADEIRO ESPÍRITO DO NATAL
Estamos no mês desta data tão especial para muitas pessoas. Alguns, a esperam por causa do misericordioso clima que toma conta do coração da maioria das pessoas já na véspera desta comemoração. Outros, principalmente as crianças, esperam a vinda do Bom Velhinho com seus presentes para todos aqueles que se comportaram bem. E existem também aqueles que não dão a mínima para o dia, “é um dia como outro qualquer”, dizem. Quanto ao sistema capitalista implantado para aproveitar dessas situações, nem precisa falar. Tá na cara que o sistema se aproveita de todas as brechas.
Por outro lado, muitas pessoas fazem as pazes, reatam antigos relacionamentos que estavam quase destruídos, festejam, bebem, comem, dançam, ajudam os necessitados, distribuem comida, roupas, agasalhos, se abraçam, se amam como verdadeiros irmãos, vão para a casa dos parentes que moram longe, trocam presentes e tudo isso é muito prazeroso e bonito… É o espírito do Natal. Mas não é o bastante.
Quem dera tivéssemos Natal os 365 dias do ano, para podermos dançar, festejar e ajudar os nossos semelhantes que tanto sofrem. A mídia nos convence de que o Natal é o dia para todas essas formas de alegria e ternura, mas essa é uma verdade que poderia existir todos os dias de nossas vidas. Por que esperar o dia 25 de dezembro para fazer o bem, se existem pessoas sofrendo todos os dias do ano? Não seria uma hipocrisia de nossa parte fecharmos os olhos durante 363 dias do ano e fazer o bem somente nos dias 24 e 25 de dezembro?
O próprio nascimento do Menino Jesus já aconteceu e não acontecerá de novo. Nós celebramos a recordação deste dia. Jesus pediu que amássemos a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos e não citou uma data para isso. Então podemos supor que Ele quer que façamos isso todos os dias.
Isso sim, ao meu ver, é o Verdadeiro Espírito Natalino: “Amar a Deus sobre todas as coisas e aos nossos semelhantes, (e a tudo o que Deus criou), como a nós mesmos durante todos os dias de nossas vidas.”
Jailson Souza da Silva Vieira

O Verdadeiro Significado do Natal
José Henrique Baldin

Natal, dia de confraternização das pessoas, dia de reencontro daqueles indivíduos que a tempo não víamos. Esqueçamos as trocas de presentes, a beleza das ruas iluminadas, o que comeremos neste dia, não importando as diferenças sociais, religiosas, culturais: somos todos filhos de um mesmo Deus, e por conseqüência irmãos. Falaremos de um irmão querido: Jesus. Lembrando o seu nascimento, sua vida e seus ensinamentos. Tudo isso nós concordamos ser o mais importante. Mas antes de falarmos d'Ele, vamos falar um pouca da história da humanidade.
Há mais de 1500 anos antes do Cristo, houve um enviado divino - o primeiro enviado - Moisés, que recebeu os Dez Mandamentos para educar os homens de sua época. Este é o primeiro código divino da humanidade. Ele também o foi o primeiro legislador do mundo - criando a lei do "olho por olho, dente por dente". Deu a esta última uma conotação de verdade divina, criando a imagem de um Deus colérico e vingativo, para conter um povo bárbaro e rebelde.

Pensemos: Será que um povo tribal (as 12 tribos de Israel), com costumes e leis bárbaras conseguiria entender a Lei de Amor ? Será que este povo a aceitaria? Fez-se necessário um novo ensinamento com o passar dos séculos, pois o homem evoluiu moral e intelectualmente. Novos costumes. Novas leis. Roma domina o mundo. Os romanos iniciam a defensoria pública no Senado, dando o direito à defesa de grupos sociais elevados e nobres. A população banalizava o ato de procriar, em verdadeiras orgias. Haviam muitos problemas sociais, escravidão, discriminações raciais, dores, perseguições, controle central do Estado - o Império dos Césares (e alguns deles eram muito loucos por sinal). Deus, como pai que é, não deixaria seus filhos (que somos todos nós) ao sabor dos ventos, sem poder dar-nos um norte, um modelo, um grande exemplo. O nosso melhor irmão: Jesus. Ele nos ensinou um Deus de amor e paz, acrescentando novas leis a leis que Moisés recebeu no monte Sinai (os Dez Mandamentos), dizendo: "Eu não vim destruir as Leis, mas faze-las cumprir" (Mateus, Cap. V, v.17,18)

O Mestre, o único que conseguiu dividir as eras (Antes e Depois d'Ele) ensinou-nos em várias de suas relações com os homens da época, os quais citaremos:
"Aquele dentre vós que estiver sem pecado, atire a primeira pedra.", no momento em que uma mulher iria ser apedrejada em praça pública por causa do adultério (costume da época). (S. JOÃO, Cap. VIII, vv. 3 a 11.). Ele nos pergunta: Será que não possuímos "pecados" maiores ou piores que aquela mulher ? Será que não temos pecado ?

Ele nos ensina: Quem somos nós para julgar alguém ? Ele nos pede: Que tenhamos uma vida melhor para, moralmente, exercermos nosso mandato, através do exemplo.
"Vedes a palha que está no olho do vosso próximo e não vedes a trave que está no vosso." (Mateus Cap. VII, vv. 3 a 5),

Ele nos pergunta: O homem orgulhoso consegue mirar-se no espelho e identificar seus defeitos morais e físicos ? Não é um hipócrita convicto de suas faltas ?
Ele nos ensina: A auto-analise em nossos atos e relacionamentos.
Ele nos pede: Será que estamos corrigindo nossos erros ? Ter a primeira caridade, a mais importante e a mais bela: Conosco mesmo - para com o próximo mais próximo: nosso íntimo
"A árvore que produz maus frutos não é boa e a árvore que produz bons frutos não é má; porquanto, cada árvore se conhece pelo seu próprio fruto. Não se colhem figos nos espinheiros, nem cachos de uvas nas sarças. - O homem de bem tira boas coisas do bom tesouro do seu coração e o mau tira-as más do mau tesouro do seu coração; porquanto, a boca fala do de que está cheio o coração." (S. LUCAS, cap. VI, vv. 43 a 45.) ,

Ele nos pergunta: Que tipo de frutos nos produzimos ? Sabemos diferenciar as atitudes alheias como falsas ou verdadeiras ? Quais os parâmetros de falso ou verdadeiro ?
Ele nos ensina: Distinguir os homens por suas atitudes e por seus pensamentos.
Ele nos pede: Bons frutos, como boas obras - servirmos de espelho para refletir sua imagem (através de exemplos) para aqueles que nos cercam.
"Não vim a este mundo para os sãos, mas sim para os doentes", queria dizer que ele veio para ajudar aqueles que mais precisavam, por os sãos já estavam no caminho do bem.
"A tua fé te curou, vá e não peques mais"
"Vos sois filho de Deus, vos podes fazer tudo que faço e ainda mais"
Ele nos pergunta: Qual a nossa destinação na Terra ? Aprendemos com as circunstancias da vida ? Temos fé ? Se sabemos o que ele quer que façamos com os sofredores do caminho? Se seriamos capazes de ajudar aqueles que precisam, como ele fez ?

Ele nos ensina: O poder da fé, no homem comum, modifica qualquer situação. Somos irmãos, filhos de um Pai Soberanamente Justo e Bom, e com as mesmas capacidades de realizações, Deus não privilegiaria uns dando dons, saúde, riqueza e em outros dando doenças, pobreza, pouco intelectualidade, etc. O que temos em nossa vida (bom ou ruim), somos responsáveis, porque realizamos ou deixamos de realizar.
Ele nos pede: Caridade, ação, luta, e conquistas contra nossas imperfeições. Expande esta ação, luta e conquista em ensinamentos para aqueles que precisam de mais força, coragem e fé para vencer angustias morais e físicas, mesmo que não estejamos de acordo com o que se faz. A fé, a evolução moral e intelectual e o conhecimento das leis divinas.
"Bem-aventurados os pobres de espírito, pois que deles é o reino dos céus."
"Bem-aventurados os que têm puro o coração, porquanto verão a Deus."
"Bem-aventurados os que são brandos, porque possuirão a Terra"
"Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus."
"Bem-aventurados os que são misericordiosos, porque obterão misericórdia" (S.
MATEUS, cap. V, v.3, 8, 4, 9 e 7.)

Ele nos pergunta: Quais dentro os homens serão os bem aventurados ? Como é a justiça de Deus? Ele nos ensina: Que aqueles que forem humildes, forem bons e pacíficos e que tenham compaixão pelo próximo serão bem aventurados.
Ele nos pede: Que sejamos bons, misericordiosos e humildes.
"Quando alguém bater a sua face direita, ofereça a outra"
"Sejamos mansos com a pomba, mas espertos com a serpente"
"Não vos digo que perdoeis até sete vezes, mas até setenta vezes sete vezes." (S. MATEUS, cap. XVIII, vv. 15, 21 e 22.)"

Ele nos pergunta: Quantas vezes devemos perdoar nossos inimigos ?
Devo perdoar alguém que quer me prejudicar ? Devo retribuir o mal com o mal ou o mal com bem ?
Ele nos ensina: Perdoar quem nos ama é fácil. Perdoar nossos inimigos, sem restrição e com o coração (em atos e palavras) é o que pega em nosso orgulho personalistico. Retribuir o mal com o mal nos ajudará em que ? Se não formos melhores que aqueles que nos perseguem, estaremos nos igualando a eles ou até no rebaixando. Será que assim faremos uma comunidade de irmãos nos preceitos do "Amai-vos....
Ele nos pede: Perdoar sempre. O nosso inimigo atualmente, é nosso irmão. Analisar a culpa da inimizade: é meu orgulho pedindo passagem, para a minha intransigência, ou será que aquele que se diz nosso inimigo está com amor-próprio ferido, gelando seus mais secretos sentimos. A culpa é nossa, ou dele ? Ainda não compreendemos as verdadeiras virtudes humanas. Quando somos prejudicados não devolver na mesma moeda, é o nosso capital espiritual, nos desvinculando com os que nos querem mal. Procurar mostra o outro lado, isto é, aconselhar o nosso irmão inimigo ou agressor a pensar no que está fazendo, se está certo as atitudes dele, mas sem humilhá-lo, sendo o mais humilde possível. Tenhamos cautela com os nosso inimigos, mas nem por isso deixamos de orar por eles. Aconselhemos e orientemos. Jesus foi perseguido, humilhado e crucificado, mas nem por isso deixou de amar o seu próximo, ele disse "Perdoa-lhes Pai, eles não sabem o que fazem".
" Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno porque esta aparelhado para o diabo e para os seus anjos; porque tive fome e não me deste de comer; tive sede e não me deste de beber; era hospede e não me recolhestes; estava nú então me cobriste; estava enfermo no cárcere e não me visitastes". Então, eles perguntaram: "Senhor, quando é que nós te vimos faminto, ou sequioso, ou hospede, ou nú, ou enfermo, ou no cárcere, e deixamos de te assistir?" Então Jesus respondeu: "Todas as vezes que deixastes de dar essas proteções a um destes pequeninos, deixaste de dá-las a mim mesmo."

Ele nos pergunta: Será que entendemos a caridade como ela deve ser entendida?
O que fazemos ao nosso próximo mais próximo?
Ele nos ensina: Se amamos ao próximo como a nós mesmos, deveremos fazer aos outros o quereríamos que os outros nos fizessem.
Ele nos pede: Que devemos fazer a caridade nas suas mais variadas formas: a ajuda monetária, uma conversa amiga, um conselho, uma visita aos doentes, ensinar aqueles que não sabem escrever ou ler, enfim qualquer ato de solidariedade para com o próximo.
"Não devemos servir a Deus e a Mamom",

"Daí a César o que é de César, daí a Deus o que é de Deus",
Ele nos pergunta: Qual deles devemos escolher ? É melhor servir a Deus ou a Mamon (um deus egípcio, da riqueza) ? Será que dá para servir aos dois ao mesmo tempo ?
Ele nos ensina: Não podemos servir a Deus, em seus princípios de espiritualismo, e a Mamom, cultuando ao mesmo tempo o materialismo. Os bens materiais são provisórios e usados somente nesta vida, enquanto os bens espirituais (inteligência e moral) são eternos.

Ele nos pede: Cuidar da parte espiritual que é eterna e usar a parte material com sabedoria e inteligência para fazer o bem, sem egoísmo.
"Meu reino não é deste mundo"
"Na casa de meu pai há muitas moradas"


Ele nos pergunta: Onde é o reino de Deus ? Para que serve o nosso planeta Terra ? Há vida em outros planetas ? Será que a vida só existe no planeta Terra ? Para que Deus criou as outras estrelas no universo infinito ? Será que poderemos identificar Deus como um cara burro, que fez coisas sem utilidade ?
Ele nos ensina: Que este mundo físico chamado Terra é provisório, o eterno é o espiritual. Este mundo em que vivemos é só uma escola preparatória. Há vários mundos, nós podemos viver, seja no mundo material, seja no mundo espiritual.
Ele nos pede: Viver o melhor possível, tirar proveito dos ensinamentos que a vida nos dá, dando valor aos bens espirituais sobre os bens materiais, transitórios e mutáveis.

"Buscai e Acharei"
"Ajuda-te que o céu te ajudará"


Ele nos pergunta: Tenho que esperar as coisas cair do céu ? Deus recompensa o preguiçoso ? Se ele ajudar o preguiçoso não estaria incentivando a vadiagem. Os que se esforçam e os que não fazem nada tem os mesmos direitos ?
Ele nos ensina: Quer dizer que tudo o que fizermos, seja conosco ou com o próximo, acharemos o que estamos procurando, isto é, como a Lei de Ação e Reação, tudo aquilo que plantamos ou fizemos de bom colheremos, assim como tudo de ruim que plantarmos ou fizermos colheremos também. Podemos dizer que a sementeira é livre, podemos plantar o que quisermos, escolher o caminho que desejarmos, mas a colheita é obrigatória, as dificuldades ou facilidades de cada caminho serão encontradas pelo caminho que escolhermos. A lei de Deus é sabia e justa, não privilegiando ou punindo nenhum de seus filhos, pois cada um colherá o que plantar, com o diz o ditado "Quem planta vento, colhe tempestade".

Ele nos pede: Faça a tua parte, faça o bem, ajude o próximo, se esforce, estude.
"Amar a Deus sobre todas as coisas, e amar ao próximo como a ti mesmo. Aí estão todos os profetas e todos os ensinamentos."
Ele nos pergunta: A quem devemos amar ?
Ele nos ensina: Amar a Deus sobre todas as coisas, e por conseqüência a tudo que ele criou, os mundos e as pessoas com quem nos relacionamos, isto é o próximo.


Ele nos pede: Amar a Deus e a todos os nossos irmãos, mesmo que alguns deles sejam os nossos inimigos, pois somos todos (sem exceção) filhos de um mesmo Pai. Apesar das aparentes diferenças (Credo, cor, cultura), temos as mesmas capacidades, desde que saibamos explorá-las. "Rogarei ao pai que envie um espírito consolador, que lembrará tudo que tenho dito e que dirá coisas novas"
Ele nos pergunta: Será que precisa vir um novo Jesus ? Será que Ele vai ensinar alguma coisa diferente daquilo que já ensinou ? Quem é esse consolador ? O que ele trouxe de novidade ? Este consolador lembrou os ensinos de Jesus ?
Ele nos ensina: Que na hora certa, isto é, quando o homem estiver em condições intelectuais e morais para receberem novos ensinamentos, e quando alguns homens começaram a se esquecer dos ensinos de Jesus, Deus enviaria um espírito para relembrar tudo que Ele ensinou e ensinaria coisas novas.
Ele nos pede: Analisar qual espírito é o consolador, qual que relembrou os ensinos de Jesus e qual que trouxe a nós novos ensinamentos.
Em 21 de abril de 1857, Allan Kardec publicou o "Livro dos Espíritos", com a ajuda de vários espíritos superiores, que se auto-denominavam "O Espírito da Verdade". Este espíritos relembraram várias passagens de Jesus e acrescentaram demonstrando a necessidade da reforma íntima das pessoas, a vida espiritual e o relacionamento entre a pessoa encarnada e o desencarnado, e vice-versa. Dava-se início ao Espiritismo e a regeneração dos homens na Terra. Como doutrina puramente racional e de vivência interior, não se assemelha aos cultos religiosos, principalmente aos dogmas de rituais exteriores. Algumas praticas são espiritualistas, mas não espíritas.

Como maior exemplo, para o Espiritismo, citamos a pergunta 625 do Livro dos Espíritos, onde Allan Kardec, indaga aos espíritos superiores, qual o maior exemplo enviado por Deus para a Humanidade ? E os espíritos responderam: " Vêde Jesus"

Na pergunta 932, Allan Kardec indaga, por que o mundo ainda é violento ? E os espíritos disseram: "Porque os maus são ousados e os bons são tímidos, e os bons quando quiserem, preponderarão". Fazer o bem, sem esperar recompensas dos outros. Deixar de fazer o bem por causa da violência do mundo moderno, é fugir da responsabilidade de espíritas e de espíritos. Façamos a nossa parte. No futuro seremos maioria, convencendo os outros a fazerem o bem, pelos exemplos, pelas atitudes que demonstrarmos. Sejamos uma semente melhor, nem que esta só germine bem mais tarde.

E o que devemos fazer para melhorar o nosso mundo?

Primeiro a nossa reforma íntima, ajudando o nosso próximo mais próximo (nós mesmos), extirpando os vícios grosseiros, combatendo defeitos, aprimorando os conhecimentos. Allan Kardec disse a seguinte frase: "Reconhece o verdadeiro espírita pelo esforço que faz em domar sua más inclinações" e Jesus ainda disse "Sede Perfeitos, como vosso Pai celestial é perfeito", nesta frase Ele nos pede ou nos ordena? Afirmando buscar a nossa perfeição relativa, confirma que um dia seremos perfeitos, dependendo única e exclusivamente de nós, de nossos esforços e vontades para a alcançarmos mais rapidamente ou mais lentamente.

Devemos combater o egoísmo, em nosso ser e no mundo todo, o principal entrave da evolução humana. Perguntamos: como um homem se torna egoísta? Quando vê que os outros pensam mais e si mesmo do que nele, ei-lo levado a pensar mais em si mesmo do que nos outros. Colocar-se na defensiva, para não se machucar com a falta de sentimos e de reconhecimento dos outros. Recusar emprestar ou doar um objeto qualquer, é egoísmo: estamos pensando mais em nós do que no próximo. Façamos aos outros o que gostaríamos que eles nos fizesse. Para saber se você está fazendo uma ação boa para com o próximo, analise primeiro se gostaria que ele fizesse o mesmo para você. Se a resposta for não, então para que fazê-la? Se a resposta for sim, então por que não ensinar outros a fazerem o mesmo?


A oração é uma evocação que nos coloca em relação mental com o ser a quem dirigimos o pensamento. Com ela nós podemos glorificar, pedir ou agradecer. É o meio de entrarmos em contato com o Criador e com Jesus, o nosso Irmão Maior. Com ela podemos conversar com os nosso parentes e amigos que estão ao nosso lado, na pátria dos Espíritos.

Jesus nos ensinou a oração dominical, o "Pai Nosso".
Mas a oração principal, a melhor, a mais garantida de chegar ao endereço desejado é aquela realizada com o coração. Em várias passagens o Cristo nos informou que Deus vê o que se passa no íntimo do homem, no nosso coração. Então perguntamos: As preces pagas ou realizadas por pessoas que não teve afinidade com o ser a quem se dirige, terá o mesmo efeito? Chegará ao seu endereço? As preces decoradas tem o mesmo efeito que as preces feitas de coração? E quais os efeitos da prece? Nos sabemos que os primeiros efeitos são a paz interior, apaziguando a consciência; o reativar dos núcleos geradores de forças mentais, ajudando a pensar melhor e com mais clareza; como tantos outros efeitos. O que é importante é a nossa relação de criatura para com o criador. Com certeza vale mais uma prece espontânea e do coração, que uma prece decorada. Lembramos sempre do nosso corpo, do dinheiro, dos bens materiais, e o quanto lembramos dos bens espirituais? Daqueles amigos e parentes que já estão do outro lado ? Basta a prece com amor que, com certeza, todos os nossos amigos, quer deste plano ou do outro, estarão conosco. Experimentemos. Façamos um teste.

NOSSO PAI
Nosso Pai, que estás em toda parte;
Santificado seja o teu nome, no louvor de todas as criaturas;
Venha a nós o teu reino de amor e sabedoria;
Seja feita a tua vontade, acima dos nosso desejos;
Tanto na Terra, quanto nos círculos espirituais;
O pão nosso da mente e do corpo dá-nos hoje;
Perdoa as nossas dívidas, ensinando-nos a perdoar nossos devedores com esquecimento de todo mal;
Não permitas que venhamos a cair sob o golpes da tentação de nossa própria inferioridade;
Livra-nos do mal que ainda reside em nós mesmos;
Porque só a Ti brilha a luz eterna do reino e do poder, da glória, e da paz, da justiça e do amor para sempre!
Assim seja!
Emmanuel (Psicografado por Chico Xavier)

Que neste Natal e nos outros dias do ano lembremos dos ensinamentos de Jesus, aplicando-os em nossas vidas, seja neste mundo físico, seja no mundo espiritual. Um bom Natal a todos e que Deus e Jesus possa iluminar e abençoar a todos nós nos propósitos felizes, nos mostrando o caminho do bem, do amor e da fraternidade, que possamos retribuir a todos que encontramos esta paz que Deus e Jesus estão nos dando hoje e sempre.

E-mail: jhbaldin@terra.com.br
© Out 1996, José Henrique Baldin
http://www.espirito.org.br/portal/artigos/diversos/natal/o-verdadeiro-significado.html

O verdadeiro espírito de Natal: Generosidade e Amor
:: Sirley Bittú ::
É Natal e na grande magia que evolve esta época do ano, despertam dentro de alguns um potencial de solidariedade e compaixão, surgem as campanhas contra a fome e a miséria humana, renasce dentro de nós a esperança na humanidade e em sua generosidade.

Muitas famílias passam juntas esta noite, pessoas perdoam-se mutuamente, desentendimentos são desfeitos, compartilha-se a emoção e a alegria que envolve a história do menino Jesus e a lenda do bom velhinho, tudo gira em torno do amor. É o aval que algumas pessoas precisavam para demonstrar seu carinho e sua gratidão às pessoas que querem bem.

A figura de JESUS simboliza a capacidade humana de ser humilde, generoso, de amar, compartilhar, preocupar-se com o outro e principalmente respeitar as pessoas, independente de classe social, ou mesmo das próprias crenças.

De forma geral, fomos educados dentro de uma concepção filosófico-religiosa onde aprendemos a valorizar o ser generoso, aquele que oferece toda a sua disponibilidade e bens para o outro, sem pedir nada em troca.
Só podemos oferecer o que temos, a generosidade é uma capacidade emocional que se relaciona ao desprendimento e a auto-estima.

Quando você oferece algo para alguém esperando algo em troca, isto chama-se na verdade investimento e portanto você não está dando nada; quando você oferece algo e cobra o pagamento, isto é venda e portanto o outro tem direito de saber o que está comprando e qual o preço do produto para decidir se o quer ou não.

As relações afetivas de todo tipo, sejam familiares, amorosas, sexuais, fraternas ou quaisquer outras, tem como base o compartilhar de afetos, pensamentos, emoções, respeito mútuo e portanto não se trata de investimentos no sentido que coloquei anteriormente, nem de venda. É como a garota que gasta todo seu salário com um lindo presente para seu namorado e na noite de natal ele chega com um pacotinho de bombom e sente-se culpado por ter sido tão mesquinho. Na verdade nenhum dos dois estava satisfeito e seguro da própria atitude, ela esperava algo mais substancioso, pelo menos mais próximo do esforço que fez para agradá-lo, enquanto deveria na verdade é reavaliar seu modo de sentir-se passível de ser amada. Esta equação: tenho que oferecer muito para as pessoas perceberem como eu sou legal, e obviamente ser recompensada, são velhas companheiras conscientes ou inconscientes das pessoas que se acham generosas demais para este mundo cruel e mesquinho que não reconhece sua grandeza e generosidade. Na verdade o centro desta questão é uma auto-estima muito baixa, uma dificuldade de perceber o próprio valor.

Como isso é possível numa sociedade capitalista e competitiva como a nossa? Como sermos ‘bons sem nos sentirmos bobos ou nos tornarmos tirânicos?
Aprendemos com nosso desenvolvimento pessoal, que toda relação contém em si algum tipo de troca; buscamos ser aceitos em nossa forma de estarmos no mundo, sermos compreendidos em nossos motivos e principalmente, buscamos ser felizes.

Ser BOM é diferente de ser BOBO, como também querer ser esperto também é diferente de ser generoso.

E qual a diferença entre essas coisas?

O diferencial está na capacidade de perceber-se e aceitar-se, de ser autêntico em suas atitudes, respeitando a si e ao outro. O bobo é aquele que na verdade não sabe do que é capaz e portanto não consegue perceber do que o outro é capaz, justamente por não ter real conhecimento da própria natureza (humana), coloca-se numa posição de total desproteção, tornando-se vulnerável. O esperto é aquele que está sempre tentando ‘levar vantagem em tudo’, mas sempre vestido de bom moço, ele é produto do entendimento equivocado da palavra generosidade. E finalmente o bom é aquele que sabe que não é bom nem mau e ao mesmo tempo é simplesmente o 'interjogo' dessas duas forças que existem dentro de nós e as quais procuramos, através de nossa maturidade emocional, aprender a manter em equilíbrio para nos relacionarmos de forma harmoniosa e feliz.

O advento da generosidade é algo maior que o poder econômico. Podemos ser generosos sem necessariamente termos dinheiro, podemos oferecer gratuitamente amor, atenção, solidariedade e principalmente respeito, aprendendo a olhar as pessoas que estão à nossa volta como seres humanos, não apenas enxergando seus defeitos, mas as suas qualidades e potenciais pessoais.

Desejo a todos um Natal generosamente fraterno e feliz.

Sirley Bittú é Psicóloga Especialista Clínica pelo Conselho Federal de Psicologia
Psicodramatista Didata Supervisora
Terapeuta em EMDR pelo EMDR Institute/EUA
Consultório (11) 5083-9533 - Visite seu Site
Email: sirley.regina@terra.com.br


http://somostodosum.ig.com.br/conteudo/conteudo.asp?id=02442
O verdadeiro espírito de Natal - kewego
Animação sobre o natal, que mostra a festa como algo realmente capitalista. Em português.




Palavras-chave:festa anima natal papai noel

http://ojota.wordpress.com/2006/11/25/o-verdadeiro-espirito-do-natal/



sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Wikileaks



09/12/2010
Eu estava lá. O Presidente Lula faz veemente protesto a favor de Julian Assange (Wikileaks) e em defesa da liberdade de expressão.

O Presidente Lula, hoje pela manhã e em pleno Palácio do Planalto, fez um gol de letra. Eu estava lá* e vi tudo ao vivo. Foi assim:
•O Presidente discursava ao final da apresentação do Balanço do PAC. Muito animado com os números positivos da obras do Programa de Aceleração do Crescimento que lhe foram apresentados pelos ministros Guido Mantega, Paulo Bernardo e a gerente do PAC e futura ministra do governo da Presidente Dilma Roussef, Míriam Belchior, o Presidente dirigiu-se aos jornalistas que estavam bem à sua frente e fez um surpreendente e oportuno repto à imprensa brasileira defendendo a liberdade de expressão e protestando contra a prisão, na Inglaterra, de Julian Assange, jornalista australiano e criador do WikiLeaks. Foi uma grata surpresa e o Presidente foi muito aplaudido e elogiado. A repercussão no mundo inteiro não demorou a ser sentida. Outros Chefes de Estado já se manifestaram também.
*Como diretor do DNIT estava entre as dezenas de outros funcionários do Governo Federal convidadas pela Casa Civil da Presidência da Republica para assistir a apresentação do Balanço do PAC no período de 2007 a 2010.


FONTE:http://oficinadegerencia.blogspot.com/2010/12/eu-estava-la-o-presidente-lula-faz.html
CLICK NA IMAGEM PARA AMPLIAR

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Tropa 2 bate em Dona Flor mas apanha de O Ébrio


Recordista de lançamento, o filme "Tropa de Elite 2" que estreou em outubro atraiu até ontem (7) 10.736.995 aos cinemas. É o novo recorde oficial do cinema nacional em bilheteria, batendo "Dona Flor e seus Dois Maridos" (1976) que teve 10.735.525 de público. Os dados são do Observatório Brasileiro do Cinema e do Audiovisual (OCA) da Ancine. Porém, dados extra-oficiais indicam que filme protagonizado pelo capitão promovido a coronel Nascimento (Wagner Moura, foto à esq.), apanhou de um "bêbado". Conforme Marco Aurélio Marcondes, coordenador de lançamento de Tropa de Elite 2, estima-se que o filme "O Ébrio", protagonizado por Vicente Celestino (à dir.) teria atingido "algo em torno de 14 ou 15 milhões de espectadores na carreira comercial" na década de 40 do recente século anterior, quando não havia serviços de estatísticas para o setor cinematográfico nacional.
Com informações do UOL)

Fonte:http://www.marcoeusebio.com.br/

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

8,5 milhões é o público de Tropa de Elite


Os números do fenômeno “Tropa de Elite 2” não param de crescer. Para a alegria da equipe de produção e distribuição – e também dos agentes do mercado nacional como um todo –, em sua quinta semana de exibição no Brasil, o filme tem 8.502.289 ingressos vendidos e renda acumulada de US$ 48.340.822.

Os dados são da Rentrak Edi para o período de 5 a 7 de novembro. Com isso, o filme segue no topo da lista dos mais lucrativos das últimas semanas. O recorde histórico continua sendo de “Dona Flor e Seus Dois Maridos” (1976), que vendeu 10.735.524 ingressos, segundo dados oficiais da Agência Nacional do Cinema (Ancine). Mas faltam apenas 2.233.235 espectadores para que “Tropa de Elite 2” entre para a história e desbanque o longa-metragem protagonizado por Sônia Braga.

Na segunda posição, “Jogos Mortais – O Final” estreou com 187.934 espectadores e renda de US$ 1.500.373. Em seguida, aparece “Um Parto de Viagem”, na terceira posição, com 169.077 ingressos vendidos e renda inicial de US$ 1.049.118 em seu primeiro final de semana.

“Atividade Paranormal 2” caiu da segunda para a quarta posição. O filme tem agora 616.555 espectadores e renda acumulada de US$ 3.326.379.
Há seis semanas em cartaz, “Comer, Rezar, Amar” segue no ranking, mas com mais uma queda, da quarta para a quinta posição. O filme chegou aos 1.683.131 pagantes e renda total de US$ 9.891.985.
“A Suprema Felicidade”, de Arnaldo Jabor, caiu da quinta para a sétima posição. Em duas semanas, o filme levou 167.980 pessoas aos cinemas e arrecadou US$ 1.007.245.

Fonte: http://www.cenacine.com.br/?p=6079

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

As Cartas Psicografadas por Chico Xavier - Estreia 05/11/2010


“A morte é a Vida em outra moldura” – frase consoladora de uma mensagem psicografada por Chico Xavier, de um Espírito para uma mãe saudosa.
Nesta Sexta-feira 05/Nov, estreará o documentário “AS CARTAS PSICOGRAFADAS POR CHICO XAVIER“, dirigido e roteirizado por Cristiana Grumbach, com duração de 87min. Cristiana é carioca, formada em Comunicação pela PUC-Rio e teve grande experiência como assistente de direção e câmera de Eduardo Coutinho em filmes como Babilônia 2000(2000), Edifício Master (2002), Peões (2004), O fim e o princípio (2005), e Jogo de Cena (2007), entre outros. Dirigiu o curta Maria de todas as horas (2004), ao lado de André Horta, e o média-metragem O esôfago da Mespotâmia, além de alguns videoclipes. Sua estréia na direção de um longa foi em “Morro da Conceição” (2005), documentário sobre os moradores mais antigos de um morro histórico no centro do Rio de Janeiro.

CURIOSIDADE: Eduardo Coutinho dirigiu o premiado documentário “Cabra Marcado Para Morrer” (1985), produzido pelo cearense Zelito Viana, irmão de Chico Anísio.

“AS CARTAS PSICOGRAFADAS POR CHICO XAVIER” é um filme de conversas e silêncio. Mães e pais que perderam filhos, procuraram Chico, receberam cartas. Sentimentos, lembranças, imagens da falta de alguém. A procura por alento para a dor sem nome. As palavras chegam em papel manuscrito. As cartas são lidas. Sobreviver a isso, viver ainda assim. As cartas são os elos entre mães e filhos, entre Chico e essas mães e seus filhos, entre o público e o filme.
Belo Horizonte, Goiania e Maceió já estão entre as capitais onde o filme será exibido. Resta-nos saber quando entrará em cartaz nos cinemas do Estado do Ceará.
ATENÇÃO GRUPOS! No site do filme, a diretora Cristiana possibilita agendar sessões para grupos, em cidades que não exibirão o filme.
“Se você estiver interessado em formar grupos para assistir ao filme As Cartas psicografadas por Chico Xavier, por favor, entre em contato conosco através do formulário (clique aqui). Mesmo se o filme não entrar em cartaz em sua cidade, poderemos tentar viabilizar sessões excepcionais para vocês.”
O trailer já mostra o bom gosto no enquadramento das personagens da vida real e na trilha sonora. Posso arriscar se tratar de um documentário emocionante, por nos lembrar o quanto a mediunidade de Chico Xavier confortou a tantos pais, tristes por acharem que seus filhos haviam findados para sempre com a morte física. Eis que as mensagens com detalhes pessoais (só conhecidos na intimidade de pais e filhos) comprovam que a morte física não aniquilou o ser que amamos; que ele continua vivo, em outra dimensão, mas conservando sua individualidade e afeto. Dá vontade de assistir!
Confiram:

Fonte: http://blog.opovo.com.br/conexaoespirita/

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Mayara Petruso e a Xenofobia no Twitter

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Perfeito seria se não houvesse xenofobia, homofobia e preconceito racial.

Mas eu já me contentaria se ao menos os estudantes universitários de classe média — que supostamente representam 4% da elite intelectual do país, culta e esclarecida — não fossem os responsáveis por difundir essa forma de preconceito.

Mayara já apagou suas contas no Twitter e Facebook, mas o registro fica aqui, pra que ela não esqueça do dia em que, ao invés de se desculpar publicamente pelas besteiras que disse, optou por se esconder e fingir que nada aconteceu.

FONTE:http://doisespressos.wordpress.com/2010/11/01/mayara-petruso-e-a-xenofobia-no-twitter/
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Mayara Petruso pede desculpas
Mayara Petruso que ficou conhecida na internet por um post infeliz no twitter (leia mais em O Preconceito Ainda Vive) pediu desculpas por seus comentários no orkut dela.

Ela diz que a intenção não era de ódio. Que acabou atingindo um outro foco.

A verdade é que não importa qual o foco que queria atingir esse tipo de comentário gerou uma campanha anti preconceito na internet, o que mostra que o país não atura mais essas atitudes.

FONTE:http://edhyghellen.wordpress.com/2010/11/01/mayara-petruso-pede-desculpas/

sábado, 30 de outubro de 2010

Último debate termina sem confronto entre candidatos


O último ato da campanha eleitoral não refletiu o acirramento do segundo turno - no debate na TV Globo, os candidatos Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) evitaram se atacar e, por causa do formato do programa, não abordaram temas polêmicos.

Em desvantagem nas pesquisas, Serra só fez críticas a Dilma e ao governo de forma indireta. Quando questionado sobre o tema corrupção, por exemplo, ele não citou o escândalo que derrubou Erenice Guerra da Casa Civil - em debates anteriores, o tucano sempre ressaltou as ligações entre a ex-ministra e a candidata do PT.

Dilma, que no começo do segundo turno adotou um discurso mais incisivo para barrar a eventual ascensão do adversário, também mudou de tom. No programa desta sexta-feira, ela evitou mencionar o tucano e procurou destacar realizações do governo Luiz Inácio Lula da Silva, seu principal cabo eleitoral.

No programa, os candidatos foram sabatinados por eleitores indecisos que compareceram aos estúdios da Globo. Eles responderam a perguntas sobre segurança, saúde, educação e outros temas relacionados ao cotidiano da população. Não houve questões sobre privatizações, pré-sal e legalização do aborto, assuntos que foram destaque na campanha da segunda rodada da eleição.

A respeito da corrupção, Serra destacou que ela chegou a 'níveis insuportáveis'. Como forma de combater as irregularidades, o candidato destacou a necessidade de fortalecer as instituições fiscalizadoras, como o Tribunal de Contas da União e o Ministério Público. 'O exemplo tem de vir de cima. É preciso escolher bem as equipes e ser implacável com quem comete irregularidades, não passar a mão na cabeça', afirmou.

Dilma, na réplica, destacou a atuação da Polícia Federal no combate a casos de corrupção. Também apontou a importância da Controladoria Geral da União, órgão ligado à Presidência, 'que foi responsável pela investigação no caso dos sanguessugas' - quadrilha que desviava verbas do Ministério da Saúde.

Em diversos momentos, a petista e o tucano apresentaram discursos convergentes. Ambos, por exemplo, destacaram a necessidade de valorizar os salários dos professores de escolas públicas e de reforçar o Sistema Único de Saúde.

Em relação à segurança pública, Serra defendeu a priorização do combate ao contrabando de armas e drogas. Defendeu ainda a formação de um cadastro nacional de criminosos, para que as forças de segurança dos distintos Estados tenham condições de monitorar a ação de quem cometeu crimes fora de sua área de abrangência.

Dilma afirmou que esse cadastro já existe, e que há iniciativas do governo para ampliar o banco de dados com informações da Justiça e do sistema penitenciário.

Em outro momento, a candidata do PT defendeu de forma enfática a desoneração da folha de pagamentos no País como forma de aumentar a criação e a formalização de empregos no País.

Serra, sobre esse tema, adotou tom mais cauteloso. 'Vamos tirar o quê? O Fundo de Garantia, o INSS? Isso tem de ser muito meditado, porque não se pode perder receita.'

O tucano criticou a política de saúde do atual governo, mas sem mencionar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 'Nossa saúde andou para trás, o governo federal encolheu os recursos que empregava', afirmou.

A candidata petista reconheceu a existência de falhas no setor. 'Temos problemas sérios de qualidade, e se a gente não reconhecer, não melhora.' Ela prometeu criar unidades de pronto-atendimento que funcionem 24 horas por dia para desafogar os hospitais públicos.

Em relação às políticas sociais, Serra defendeu a interligação do Bolsa-Família com programas federais como o Saúde da Família. Também apontou a necessidade de investir em ensino profissionalizante e de criar outros estímulos para que as famílias progridam e não dependam da ajuda federal.

Nesse momento, Dilma fez uma crítica indireta ao adversário, ao afirmar que 300 mil famílias pobres em São Paulo não recebem o Bolsa-Família por falta de cadastramento - função que seria do Estado e dos municípios. 'Em São Paulo, quem cuida dos pobres é o governo federal.'

FONTE:http://estadao.br.msn.com/ultimas-noticias/artigo.aspx?cp-documentid=26154172
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Pesquisa UOL - DEBATE REDE GLOBO em 29/10/2010

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Filmes nacionais abrem discussão sobre crescimento


AgNews
Deborah Secco será Bruna Surfistinha, em um dos destaques dos próximos dois anos

Produtoras e distribuidoras apostam na produção brasileira

O crescimento do mercado cinematográfico brasileiro é a grande aposta de produtoras e distribuidoras nacionais, bem como por parte da Ancine. Esta ideia foi consenso geral em convenção em que apresentou algumas das produções de longa-metragem do Brasil para 2011 e 2012.

Mario Diamante, diretor financeiro do órgão governamental, vê o lançamento destes filmes com otimismo e comenta que, recentemente, dois longas nacionais [Tropa de Elite 2 e Nosso Lar] tiraram espaço de blockbusters estrangeiros no circuito de cinemas.

De acordo com os números apresentados por Marco Rangel, presidente da Ancine, em 2009, o market share (a quota de mercado) de cinema nacional era de 14,3% e a estimativa para é que atinja 16%.

Toda essa discussão em torno do nosso cinema se deu por conta do anúncio da Imagem Filmes de seus projetos nacionais para 2011 e 2012 – serão 11, no total.

Abrão Scherer falou da interação da Imagem com as produtoras e equipe de produção de um filme. Além disso, Scherer enalteceu os projetos que, com contrato assinado, têm cronograma e data de lançamento prevista.

A Ancine, por sua vez, defende a ideia de incentivos e recursos que estimulem as distribuidoras valorizarem o material cinematográfico daqui. Rangel ainda diz que o país tem capacidade de produzir longas diversos, não se prendendo a gêneros de sucesso, como alguns acreditam.

- Para conquistar o público interno tem de ter propostas que atinjam todas as classes e grupos de pessoas.

Entre os projetos apresentados pela Imagem para 2011 estão:

Brasil Animado – Dirigido por Mariana Caltabiano, esta é a primeira animação com tecnologia 3D no Brasil. Conta a história de Stress e Relax, um empresário ganancioso e cineasta que vive pedindo investimento para seus projetos. Relax quer achar a árvore mais antiga do Brasil e Relax se anima com a possibilidade de ganhar dinheiro. Mas, no fundo, eles não têm ideia de onde está o que eles procuram. Estreia prevista: 21 de janeiro.

Bruna Surfistinha – Protagonizado por Deborah Secco, o filme de Marcus Baldini é inspirado na personagem de Raquel Pacheco, a ex-garota de programa, conhecida como Bruna Surfistinha, que contou como era sua vida no mundo da prostituição por meio de um blog e, posteriormente, em um livro. Estreia prevista: 25 de fevereiro.

Não se Preocupe, Nada Vai Dar Certo – Hugo Carvana dirige o filme que traz Tarcísio Meira de volta aos cinemas. Nesta história irreverente, pai e filho são comediantes e viajam com suas apresentações. Mas, um dia, Lalau (Gregório Duvivier) recebe uma proposta milionária para se fingir de Guru. O dinheiro não vem tão fácil como Lalau imagina e, depois de muita confusão, precisa da ajuda de seu pai (Tarcísio). Estreia prevista: 29 de abril.

O Palhaço – Segundo longa-metragem dirigido por Selton Mello, O Palhaço traz o mineiro de 38 anos como protagonista, ao lado de Paulo José. Um artista circense vive uma crise em seu trabalho: ele não interessa tanto ao público como antigamente. Isto acaba afetando os recursos que tem para sobreviver. Com excesso de problemas e tristeza na profissão que deveria fazer rir, este palhaço fica incerto sobre sua vontade de voltar ao picadeiro. Estreia prevista: entre os meses de maio ou junho.

Dois Coelhos – O estreante Afonso Poyart conta a história de Edgard (Fernando Alves Pinto), um sujeito cansado da desgraça social e da corrupção que resolve agir por conta própria e fazer justiça. Mas, conforme executa seus planos, Edgard tem suas intenções e história dramática reveladas. Estreia prevista: junho.

Estamos Juntos – Uma coprodução entre Brasil e Argentina conta o drama da médica Carmem (Leandra Leal) que, ao descobrir uma doença grave, decide aproveitar sua vida ao extremo. No entanto, as ações inconsequentes de Carmem confrontam duas relações que ela mantém simultaneamente, e o resultado pode ser a destruição. O filme tem direção de Toni Venturi. Estreia prevista: entre os meses de agosto e setembro.

Capitães de Areia – Cecília Amado leva para os cinemas a história de seu avô, Jorge Amado. Ambientado na década de 50, meninos abandonados vivem suas vidas de forma livre e, assim, tornam-se homens. Quando uma epidemia mata vários deles, Dora se junta ao bando para mudar o rumo daquele grupo. Estreia prevista: entre outubro e novembro.

Todos esses filmes, com lançamento previsto para 2011, já foram gravados e estão em fase de pós-produção. Outros projetos da distribuidora são: Lázaro Ramos e Alice Braga em O Vendedor de Passados; El Ardor, outra coprodução entre Brasil e Argentina, com atuação de Gael García Bernal; Somos Tão Jovens, cinebiografia de Renato Russo, focado na adolescência do roqueiro, antes de ele ser famoso; e Billi Pig, comédia com Selton Mello e Grazie Massafera.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Dilma e Serra: entre a cruz e a caldeirinha




Se as pesquisas estiverem certas, Dilma Rousseff (PT) será a nova presidente do Brasil. E tem mais, a própria Rousseff já afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode voltar em 2014. Tem até um vice a altura: Sérgio Cabral (PMDB), governador do Rio de Janeiro.

Todavia, estas eleições deixaram clara uma coisa: é necessário investir urgentemente em educação, para evitar que o brasileiro médio seja manipulado pelo que quer que seja, religiões, políticos oportunistas...

As campanhas também deixam uma forte impressão: fazia tempo que não se via uma eleição tão feia, com tão baixo nível político. Talvez o único momento que se assemelhe a isso que vemos aí, foi quando Fernando Collor levou a televisão a mãe de Lurian, a enfermeira Miriam Cordeiro, para dizer que Lula quis que ela abortasse a filha. A cena foi triste.

José Serra usou a mesma artimanha de Collor e quase conseguiu virar o jogo, sob os olhos esbugalhados e incrédulos de Lula, Dilma e das cabeças mais pra frente do Brasil.

Não quero dizer com isso que Serra é retrógrado, mas a estratégia que ele usou foi. A campanha de Serra deu um Déjà vu do passado. Lembrou João Goulart e as passeatas com a Tradição Família e Propriedade (TFP), a igreja e a direita ultra-conservadora, que resvalaram no Golpe Militar de 1964. Não digo que hoje vivemos alguma perigo de golpe, isso não, mas que o Brasil, mais uma vez, ia caindo ladeira abaixo da sedução do ‘Serra é do bem’. Se Serra é do bem, Dilma é do mal? O tucano afirma que querem demonizá-lo, mas quem foi acusada de ser atéia foi Dilma. Foi Serra quem fez a balança da campanha pender para o lado da Igreja, de forma oportunista.

Serra se perdeu. Perdeu todo o pudor, toda a linha e a compostura, virou um impensado pústula, capaz de xingar uma mulher em pleno horário nobre e de fazer teatro frente as câmeras por causa de uma bolinha de papel. Para mim, já não importa se ele foi atingido por um rolinho de fita crepe ou não, mas a expressão que ele deu ao evento. Basta ver a reação diferente de Mário Covas que levou uma paulada na cabeça e enfrentou os manifestantes na mesma hora num discurso emocionado.

Em relação aos temas levantados pela campanha, mas não enfrentados por nenhum dos dois candidatos de forma séria. Sou contra o aborto, mas acho que as mulheres e seus maridos, ou pares, têm o direito de decidir. Sabendo exatamente o que estão fazendo. Podem sofrer até todo tipo de pressão – contanto que não seja violenta – para serem dissuadidos disso, mas devem ter o direito de seguir para onde quiserem seguir.

Depois se verão com Deus, sua religião e suas consciências sobre isso. É uma hipocrisia continuarmos negando o atendimento público quando o aborto continua existindo clandestinamente. E as únicas que realmente sofrem com isso são as mulheres mais pobres.

Sobre casamento gay? Deixem os caras e as minas se casarem com quem quiserem. Querem casar no civil? Jóia. Resguardem os direitos de seus amores. Querem casar na igreja? A católica não quer, nem a evangélica? Alguma há de querer. Em Londres já tem igreja católica só para homossexuais e não ficam pregando a abstinência ou dizendo que o povo vai para o inferno por sodomia. Há preocupações sociais mais reais do que ficar perseguindo e olhando com quem se está indo para a cama.

Mas voltando à campanha. Nós, eleitores, estamos entre a cruz e a caldeirinha. Ou nos convertemos às idéias religiosas e carolas de Serra e de sua esposa e abraçamos as igrejas que nos darão a salvação e o paraíso, ou aceitamos mergulhar no caldeirão fervente onde cozinhavam as bruxas. Parece que não há outra opção.

Essa é uma campanha louca. Insana. Sem sentido. Mas não vou votar em Dilma, apesar do clamor da esquerda, de quem normalmente sinto mais afinidade. A campanha mostrou a deficiência política de Dilma Rousseff. A mulher é competente como gestora pública, já demonstrou isso, mas tenho sérias dúvidas se ela conseguirá domar um Congresso clientelista e um PT afoito. Dilma talvez seja pequena para a máquina do partido e seus escândalos.

Uma amiga minha diz que o PSDB vem da elite e sabe muito bem como fazer seus esquemas. E quando esses esquemas, por algum motivo, explodem, são facilmente abafados, soterrados. Por isso, não vemos tantos escândalos nos governos tucanos. Segundo a tese dela, o PT é um partido de sindicalistas, onde as brigas e traições não respeitam nomes, onde as mazelas são lavadas em praça pública. Onde as famílias vão ao programa da Márcia brigar em público. Isso faz com que os escândalos sejam tão numerosos.

No final das contas vem vindo uma crise mundial por aí e ela vai chegar no Brasil qualquer hora dessas e nem Dilma – nem Serra – tem a estrela sortuda de Lula. Agora é cruzar os dedos e rezar pelo melhor. Mas digam aí: porque Aécio Neves (PSDB) e Ciro Gomes (PSB) não se candidataram? Teria sido mais interessante...

Postado por mastigada às 09:56
http://mastigada.blogspot.com/2010/10/dilma-e-serra-entre-cruz-e-caldeirinha.html

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Agora é você quem decide Eleitor!




As duas revistas semanais mais importantes do país degladiam-se capa a capa durante o período eleitoral. Veja defende a candidatura Serra e a Istoé defende Dilma Roussef presidente. A Istoé dessa semana traz semelhança com o enfoque dado pela Veja na semana passada.Agora é com você caro eleitor, veja quem está com a razão ou se as duas estão puxando a corda para seu lado. Compare e vote consciente.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

ACIMA DE TUDO EM FAVOR DA VIDA


Por: Janio Alcantara |
Lamentável que os polítiqueiros de plantão juntem-se aos sectaristas religiosos e assim polarizem e distorçam a discussão sobre a importância do respeito à Vida e, desta forma, deixa a comunidade sem saber sobre as consequências do desrespeito à mesma Vida.

O município de Fortaleza sediará a “2ª Caminhada em Defesa da Vida”, no Domingo 24 de outubro. O evento, suprapartidário e interreligioso, é chancelado pelo Movimento Nacional da Cidadania Pela Vida Brasil Sem Aborto e pelas ONGs Movimento Internacional Pela Vida (Movida) e Movimento Internacional Pela Paz e Não-Violência (MovPaz).

Os participantes vão se concentrar a partir de 16 horas, ao lado da Igreja São Pedro, na rua Almirante Barroso (Praia de Iracema). O trajeto terá de cerca de 600 metros, que compreende o percurso da igreja até o monumento da estátua de Iracema, no Aterrinho, onde acontecerá um ato público e manifestação artística.

Os responsáveis pelo evento, Clóvis Nunes, coordenador nacional do MovPaz, e Fernando Lobo, presidente do Movida, afirmam que o objetivo da caminhada é destacar a importância do respeito à vida, principalmente à vida humana das crianças que são abortadas no Brasil e no mundo.

“Este evento não possui conotação política partidária nem exclusivismo religioso. Precisamos conclamar nesta caminhada a implantação de políticas públicas à prevenção de gravidezes indesejadas. Todo aborto é fruto de gravidez indesejada. Bebê que é amado e planejado nunca será abortado”, alerta o baiano Clóvis Nunes, professor e um dos coordenadores do evento.

Já o engenheiro Fernando Lobo, também coordenador da caminhada, afirma que é necessário pensar a saúde pública no país. “O PSF está falido neste sentido. Faltam métodos preventivos de contracepção, educação sexual de jovens e adultos, além de campanha ostensiva no planejamento familiar”, diz.

A caminhada pretende incluir adeptos de todas as religiões, além de lideranças religiosas e comunitárias. “O evento além de ecumênico, vai reunir pessoas de boa vontade, de diferentes ideologias, classes sociais, é, portanto, de natureza plural. O trajeto é curto para incluir idosos e deficientes físicos”, diz Clóvis Nunes. “Em Fortaleza é a 2ª ocasião da caminhada, mas é a 7ª vez em nível nacional. Já aconteceu em Brasília, João Pessoa e Feira de Santana”, completa.

Dentre as instituições que já aderiram ao evento estão Face de Cristo, Federação Espírita do Ceará (FEC), Colégio Darwin, Associação dos Divulgadores do Espiritismo do Ceará (ADE/CE), Agência da Boa Notícia e Maçonaria Grande Oriente do Brasil, além de igrejas evangélicas sob diversas denominações, entre outras entidades.

FONTE:http://blog.opovo.com.br/conexaoespirita/acima-de-tudo-em-favor-da-vida/

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

TROPA DE ELITE 2: Capitão Nascimento: o mais novo niilista do BOPE


O filme Tropa de Elite 2 conseguiu uma façanha. Ele é melhor que o anterior – estima-se que o primeiro Tropa foi visto por 11 milhões de pessoas em todo o Brasil. Não é só melhor porque coloca para pensar e abandona sua ótica fascista de limpeza étnica – é impossível não admitir que há um quê de fascista no filme, quando incita no telespectador à violência ao explicitar a própria violência. Entendo que o diretor José Padilha não tinha a intenção de atingir esse alvo. Mas atingia, bastava ver a reação na platéia.

Só para lembrar. No primeiro filme os bandidos eram policiais corruptos ou marginais do morro. Estes recebiam com a mais cândida desfaçatez a sentença da morte pelos policiais do BOPE. Verdadeiros ‘heróis’ truculentos a lá Sylvester Stallone comandados pelo Capitão Nascimento, personagem vivido por Wagner Moura. Para Nascimento, bandido bom era bandido morto.

No primeiro Tropa, ainda havia espaço para outros tipos de bandidos: os ‘filhinhos de papai’ que subiam o morro para montar Organizações Não Governamentais (Ongs) e que acabavam servindo ao tráfico, ou estudantes que discutiam a dialética da violência do estado e não se preocupavam se suas baforadas de maconha serviam para alimentar o tráfico. Para alguns desses estudantes, o traficante, o bandido, ainda podia ser idealizado com um sujeito à margem do sistema, e por isso também com uma certa aura de herói.

O filme, de 2007, apesar da violência quase absurda, ainda guardava tempo para fazer humor e drama e aí surgiram bordões impagáveis como ‘pede para sair’, ‘o senhor é um fanfarrão’ ‘tu é moleque’, ‘pega a vassoura’.

Agora, o segundo Tropa de Elite, abandona o humor quase por inteiro – lembro apenas de um bordão interessante: ‘quer me foder, então me dá um beijo na boca. O filme muda o foco dos bandidos do morro. Vai ao que interessa de fato: os bandidos de ‘colarinho branco’. Aqueles que ficam sentados atrás de gabinetes e muitas vezes aparecem nas colunas sociais ou nas páginas políticas.

O filme segue os dias de Capitão Nascimento, após quase quinze anos da primeira história, que agora está separado da esposa e tem o filho no inicio da adolescência, Nascimento é Tenente-coronel e já não está mais nas ruas. A esposa casou-se novamente, infelizmente para ele com seu arquiinimigo, um ativista dos direitos humanos: Diogo Fraga, interpretado por Irandhir Santos. Quem está nas operações de rua é o Capitão Matias (André Ramiro), que já não é mais o ingênuo aluno do início da história do BOPE e de Nascimento.

Mas vamos à ação. Depois de uma operação mal sucedida, para os direitos humanos, onde o BOPE entra no presídio Bangu I, no Rio, e acaba fulminando algumas peças medonhas do tráfico na presença de Diogo Fraga, o governador do Rio de Janeiro – há uma leve menção, algo longínquo, ao Leonel Brizola – é obrigado a rebaixar Ramiro, retirando-o do BOPE e o incorporando a um batalhão da PM – um dos mais corruptos diga-se de passagem – comandado por Fábio (Milhem Cortaz).

Mas ao invés de demitir Nascimento – a estrela maior da corporação – o governador se vê na obrigação de promovê-lo. O Capitão se torna subsecretário de Segurança Pública do Rio. Também usufruindo os louros da operação, o ativista Fraga consegue se eleger para a Assembléia Estadual do Rio e entra na política partidária.

Com Nascimento na Subsecretaria, o BOPE recebe atenção especial, com novos carros, mais homens e armamentos. As ações são intensificadas e muitos bandidos vêem seus negócios serem drasticamente diminuídos. A investida começa a atrapalhar os negócios da polícia corrupta – que tem na sua ponta de lança Russo ( Sandro Rocha). Mas não demora muito esses policiais corruptos descobrem um novo negócio. Ao invés de extorquir do narcotráfico passam a fazer a segurança particular nos bairros. As vítimas agora são os comerciantes. Surgem aí as milícias clandestinas com apoio de políticos, em troca de votos.

O tempo passa. Anos depois teremos a precipitação do confronto entre o herói Nascimento contra o sistema podre que tem seus tentáculos no Estado.

O roteiro (do próprio José Padilha e Bráulio Mantovani) está enxutíssimo e mantém a tensão e a atenção do filme, ainda que haja uma certa quebra na história. Afinal, Tropa 2 tem um outro tempo. A montagem de Daniel Rezende mantém a força do longa e lembra em alguns momentos ‘Cidade de Deus’, talvez por recorrer tanto ao diálogo com a câmera e a narração em off, que interfere na própria imagem. O filme também usa o recurso de recontar uma cena que já foi mostrada de forma diferente, artifício utilizado em ‘Cidade...’

Wagner Moura está excelente e constrói um herói que se corrói por dentro ao sentir que perde a luta pelo amor do filho Rafael (Pedro Van-Held), que se aproxima cada vez mais do padrasto Fraga. Ao mesmo tempo que perde a luta contra a corrupção.
Tropa de Elite 2 reflete a luta de qual tipo de arma deve ser usada para combater a corrupção e a bandidagem, quando apontam dois caminhos: o político e a força bruta militar. Olhando por esse lado também pode ser um paráfrase dos regimes militar e civil construídos no Brasil e do glamoroso fracasso de ambos em instituir uma ordem mínima.

O longa de Padilha aponta para a desesperança ao contrário do anterior, que raspava na barbárie truculenta do BOPE como solução para o tráfico e para o desespero da violência na metrópole. Desta vez o diretor revela um pouco mais do que pensa. O filme é quase um manifesto niilismo. Um beco sem saída entre políticos e instituições governamentais e polícia. Todos, ou quase todos, podres.

Tropa de Elite 2 revela instituições viciadas no enriquecimento ilícito ou na overdose do poder. No seu niilismo lembra os filmes de Sérgio Bianchi: ‘Vale quanto pesa ou é de graça?’ e ‘Politicamente Incorreto’. É a tradução da realidade. Imperdível.
Postado por mastigada às 11:56
Marcadores: consciência, filme, política
1 comentários:
Marcel disse...
Paulo, brilhante crítica ao filme. Assisti com minha esposa e foi justamente essa a sensação que tivemos. Menos comédia, menos heroísmo da violência e a exposição fortíssima da raiz do problema: a política. O buraco é realmente mais em cima. E o pior, como a boca e mais em cima, o buraco é mais fundo. No primeiro Tropa ficava a sensação "tem que botar para fuder para ver se resolve". No segundo, viu-se que "botar para fuder" não resolve. E, sem querer apontar saídas fáceis ou sugestões fica realmente a sensação de desesperança. Perfeitamente captada por você. A melancolia, cansaço e força interna de Moura no personagem foi sensacional. Atuação "foda"! Só resta uma pergunta: por que não estreiou antes de 3 de outubro? Abraço

FONTE: http://mastigada.blogspot.com/2010/10/capitao-nascimento-o-mais-novo-niilista.html

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

COMO O BRASIL QUER CONQUISTAR HOLLYHOOD!



No campo da cultura, 2010 está definitivamente marcado como um ano de polêmicas. Somaram-se as propostas de reforma da Lei de Direitos Autorais e da Lei Rouanet, as restrições à liberdade de imprensa e, agora, a indicação brasileira do filme Lula, O Filho do Brasil, de Fábio Barreto, para concorrer a uma vaga na disputa do Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira. Todas elas têm um elemento em comum: a disputa de limites entre os interesses governamentais e os do setor cultural.

A megaprodução Lula, O Filho do Brasil, feita sobre a biografia do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi escolhida por unanimidade para representar o Brasil no Oscar por intermédio de uma comissão técnica. Foram quatro representantes indicados pela Academia Brasileira de Cinema, dois pela Ancine (Agência Nacional do Cinema) e três pelo Ministério da Cultura. Há, como se vê, uma maioria de representantes estatais, mas o presidente dessa comissão, cineasta Roberto Farias, garante que não ocorreu nada de político na escolha: "Algumas pessoas julgam que houve influência política. Não houve. Os membros dessa comissão acreditam que esse é o melhor filme para o Oscar, não por juízo de valor artístico ou estético, mas pela possibilidade de ser bem recebido lá em Hollywood", afirma.

Fora da comissão, porém, a aceitação do filme não foi consensual. Muito pelo contrário. Nomes importantes da área, como o cineasta Alexandre Stockler e o crítico Rubens Ewald Filho, contestam veementemente a escolha. "Como cinema não é o melhor que nós temos, é uma produção que veio errada desde a maneira como nasceu, com aquele gasto todo de dinheiro", diz Stockler. Para apimentar ainda mais a discussão, houve uma clara discordância do público com o resultado, manifesta numa enquete promovida pelo próprio Ministério: Lula, O Filho do Brasil ficou em 6° lugar, com 1% dos votos, bastante atrás de Nosso Lar (70% dos votos) e Chico Xavier (12% dos votos).

Helia Scheppa/AE

E assim o Brasil viaja para o Oscar

Polêmica formada, o DCultura foi ouvir a sociedade e a classe artística a respeito do assunto. A elegante Glória Kalil declinou educadamente, o provocador Antônio Abujamra não polemizou – "eu já apanhei tanto por falar desse tipo de assunto..." –, mas outros tantos fizeram o debate crescer.

O primeiro ponto de discórdia vem dos que consideram que a indicação deveria se pautar em atributos estéticos, bastante questionados em Lula, O Filho do Brasil. Apenas um dos entrevistados pelo DCultura, o veterano compositor Billy Blanco, considera o filme bom artisticamente: "É forte em todos os pontos!" A maior parte faz ressalvas. Para a atriz Vida Alves, presidente da Associação dos Pioneiros da Televisão, o filme é "um pouquinho simples para o Oscar". O jornalista Reinaldo Azevedo, crítico ferrenho do lulismo, autor dos livros O País dos Petralhas e Máximas De Um País Mínimo, vai mais longe, dizendo que o filme é pateticamente ruim. "Evidentemente, se trata de uma indicação política. Onde quer que a cultura seja financiada pelo Estado tem isso: a melhor forma de as pessoas que precisam desse capilé demonstrarem sua independência é mostrar sua sabujice", dispara.

Da receptividade majoritariamente fria da crítica e do público – lembre-se que, além da derrota na enquete do Ministério da Cultura (veja também, os números da enquete promovida pelo site do DC), o resultado nas bilheterias foi amplamente tido como aquém das expectativas – vem outra parte do espanto que acompanhou a indicação. "É uma decisão curiosa escolher um filme tão polemizado pela crítica e não tão expressivo comercialmente", diz a cineasta Daniela Thomas. O fotógrafo e professor universitário Cristiano Mascaro segue a mesma linha. "O filme não teve críticas favoráveis nem sucesso de público. Se fosse uma indicação vinda de um órgão do governo, eu acharia 'normal'. Mas vindo de um júri com gente qualificada, como foi, acho estranha", comenta.

A comissão do Oscar, como disse Roberto Farias, não se prendeu aos méritos artísticos, mas às possibilidades de repercussão do filme nos Estados Unidos. Os grandes trunfos seriam, aí, a biografia do presidente e o seu prestígio no exterior. "É um filme profissional e conta uma história de superação, algo de que os americanos gostam muito. Então, como história, nos parece ter alguma chance. Acrescento a isso o fato de Fábio Barreto já ter tido uma indicação para o Oscar com O Quatrilho e não ser um diretor desconhecido", justifica.


Em princípio, o interesse do enredo é evidente. Mesmo que se discuta se a história do sindicalista que virou presidente foi contada com fidelidade, como pede o maestro Júlio Medaglia, não dá para negar que a matéria-prima seja instigante. O jurista e desembargador aposentado Walter Maierovitch conta que não costuma assistir a filmes que pareçam laudatórios a pessoas públicas, como o indicado brasileiro, mas confirma a grande atenção que a trajetória de Lula desperta no exterior. "O interesse sobre o Lula na Europa é enorme. Estive na última reunião da FAO (Food and Agriculture Organization, ligada à ONU), em Roma, e ele reuniu mais gente do que o próprio Papa. Isso pode ser um atrativo do filme", exemplifica.

Há, contudo, quem desconfie do peso da história e do prestígio de Lula na disputa do Oscar. Rubens Ewald Filho, experiente em comissões e coberturas da premiação, acha que os norte-americanos podem ter uma reação bastante adversa. "Eles gostam de ver tudo, menos a geografia, a cara do lugar. Um político local, então, é o que há de mais inadequado", acredita. Na sua opinião, se houve algum direcionamento político, o tiro vai sair pela culatra. "Não há precedentes de um governo mandar um representante oficial que louve o seu próprio governante. Eles vão ficar de orelhas em pé, pensando que estão diante de um cara com pretensões a Mussolini", prevê.

A cantora Nana Caymmi, intérprete de uma canção de Lula, O Filho do Brasil, reforça o argumento. "Nesses prêmios, se uma indicação fica em dúvida, como nessa possibilidade de uso político, cai em seguida", diz. Já o cineasta e ex-Secretário da Cultura de São Paulo João Batista de Andrade, levanta outro problema. "O pragmatismo da comissão é uma ilusão. Não vi nenhum filme sobre líderes estrangeiros, nem sobre o Mandela, ganhar o Oscar", afirma.

João Batista, contudo, pensa que a polêmica da indicação ao Oscar desvia a atenção de problemas mais profundos. "Acho um pouco ridícula essa atenção ao Oscar, festa de uma indústria estrangeira que ocupa mais de 90% do mercado brasileiro. A preocupação da política cultural, para mim, deveria ser aumentar o espaço da produção nacional e levar as classes mais pobres para o cinema", ataca. José Wilker, ator e comentarista da transmissão do Oscar na Rede Globo, bate na mesma tecla: "Acho que se dá uma excessiva importância à presença do Brasil no Oscar. O que a gente tem de almejar é a adesão do público ao nosso cinema", argumenta. Ambos têm razão. É preciso notar, porém, que a banalidade da indicação ao Oscar só ganha tanto relevo pela proximidade do Estado. Sem esse peso institucional, a questão talvez ocupasse, apenas, o esperado lugar de uma curiosidade. Se

FONTE:http://www.dcomercio.com.br//especiais/2010/lula/