quarta-feira, 25 de maio de 2011

Efeitos das DROGAS PESADAS (COCAINA, CRACK, OXI)

Estas imagens podem servir para seus estudos e ensinamentos

lamentavelmente

contudo - "renascer ainda, tal é a bondosa lei"...

Luis C. Vieira
PROTEGER

É muito feio e triste ver isso, mas deveriam ser colocados em todos os lugares, pelo menos onde existem jovens, pra saberem o que espera quem usa essas desgraças.

NORTE-AMERICANOS

Efeitos das DROGAS PESADAS (COCAINA, CRACK, OXI)

Que Deus abençoe, ilumine e proteja os nossos...
Uma noite de paz...
M.C











Ministério da Saúde disse...

Olá blogueiro,
O consumo de crack aumentou e é preciso a união de todos no combate contra a droga. O crack traz malefícios ao usuário, família e sociedade e atinge a todos independentemente do sexo, cor e classe social.
Divulgue mais informações sobre o crack: http://bit.ly/bDGqGz
Conheça os CAPS que estão espalhados em vários lugares do país para prestar auxílio aos dependentes: http://migre.me/2qkFl
Siga-nos no Twitter: www.twitter.com/minsaude
Mais informações: comunicacao@saude.gov.br
Obrigado,
Ministério da Saúde
25 de maio de 2011 16:54

CRÍTICA: «Heleno, O Príncipe Maldito» por Jorge Pereira






IFF Cartagena: «Heleno, O Príncipe Maldito» por Jorge Pereira Versão para impressão
Quinta, 08 Março 2012 07:00

«Não sou um génio, apenas sei do que gosto: «Golos, cinturinhas e cadilacs». Assim se descreve Heleno de Freitas quando questionado por um jornalista em «Heleno, O Príncipe Maldito», um filme realizado por José Henrique Fonseca (O Homem do Ano) que tem Rodrigo Santoro como o protagonista.
Inspirado no livro «Nunca Houve um Homem como Heleno» do jornalista Marcos Eduardo Neves, o filme segue a vida de Heleno de Freitas, um ex-jogador de futebol do Botafogo, Vasco da Gama , América e Boca Juniores, muito famoso nos anos 40, e que se envolveu numa vida de excessos (até tinha a alcunha de "Gilda", a famosa personagem neurótica de Rita Hayworth no cinema), acabando abandonado por toda a gente (chegou a pedir esmola na rua) e a morrer de sífilis num sanatório aos 39 anos. E isso sabemos nós de antemão, pois Fonseca não opta apenas em carregar a sua obra com um preto e branco clássico e um design de produção apurado, mas também executa a gímnica comum neste género de cinebiografias, ou seja, mostra já o final da sua história e volta atrás para acompanhar alguns momentos da vida de um dos maiores símbolos do futebol brasileiro.

«Heleno, O Príncipe Maldito» acaba por triunfar dentro do género cinematográfico em que se enquadra, não sendo à toa algumas das comparações que a imprensa norte-americana fez com «O Touro Enraivecido» de Martin Scorsese

Há porém algumas coisas que o espectador tem de estar avisado de antemão: se esperam uma história de vida muito detalhada então visitem o Google, pois Fonseca opta por abordar o jogador de forma peculiar, por vezes um pouco generalista até, mostrandos aquilo que o jogador transmite para quem o vê de fora e não por dentro. Curiosamente, é raro haver um filme sobre um desportista com tão poucas imagens do desporto em si, preferindo-se por vezes mostrar as brigas dos treinos e nos balneários, carimbando assim o feitio temperamental do craque. O mesmo se aplica com à vida pessoal do atleta, ainda que aqui sejamos compensados com mais detalhes do que à partida pensaríamos. Para além de acompanharmos o seu casamento e relação de Heleno com uma amante que não o consegue largar, somos também introduzidos a um homem muito paradoxal e complicado de entender, pois se por um lado parece que ele busca a glória (e não as vitórias), por outro é um apaixonado pela sua equipa, não sendo à toa que afirma que «não é jogador de futebol. É jogador do Botafogo» quando é forçado a sair do clube do seu coração.
Ainda assim, «Heleno, O Príncipe Maldito» demora a carburar, sendo o primeiro terço bastante plástico (prima pelo visual numa tentativa de impor um certo glamour da época) e com muito pouca substância. Porém, e à medida que a obra avança, o filme vai sendo preenchido com mais histórias de Heleno e é aqui que Rodrigo Santoro se solta, acabando por ser curioso que ele esteja melhor já na fase da decadência do que no momento «playboy» da sua vida. A ajudar Santoro na sua tarefa estão duas atrizes que têm prestações sólidas: tanto Alinne Moraes (O Homem do Futuro) como Angie Cepeda (O Amor nos Tempos de Cólera) cumprem bem a sua função, brilhando mesmo em alguns momentos.
Por tudo isto, «Heleno, O Príncipe Maldito» acaba por triunfar dentro do género cinematográfico em que se enquadra, não sendo à toa algumas das comparações que a imprensa norte-americana fez com «O Touro Enraivecido» de Martin Scorsese.
O Melhor: Rodrigo Santoro está brilhante no último terço do filme
O Pior: O início é demasiado plástico e com pouca substância


Artigo retirado do site www.c7nema.net Respeita o nosso trabalho

IFF Cartagena: «Heleno, O Príncipe Maldito» por Jorge Pereira Versão para impressão
Quinta, 08 Março 2012 07:00

«Não sou um génio, apenas sei do que gosto: «Golos, cinturinhas e cadilacs». Assim se descreve Heleno de Freitas quando questionado por um jornalista em «Heleno, O Príncipe Maldito», um filme realizado por José Henrique Fonseca (O Homem do Ano) que tem Rodrigo Santoro como o protagonista.
Inspirado no livro «Nunca Houve um Homem como Heleno» do jornalista Marcos Eduardo Neves, o filme segue a vida de Heleno de Freitas, um ex-jogador de futebol do Botafogo, Vasco da Gama , América e Boca Juniores, muito famoso nos anos 40, e que se envolveu numa vida de excessos (até tinha a alcunha de "Gilda", a famosa personagem neurótica de Rita Hayworth no cinema), acabando abandonado por toda a gente (chegou a pedir esmola na rua) e a morrer de sífilis num sanatório aos 39 anos. E isso sabemos nós de antemão, pois Fonseca não opta apenas em carregar a sua obra com um preto e branco clássico e um design de produção apurado, mas também executa a gímnica comum neste género de cinebiografias, ou seja, mostra já o final da sua história e volta atrás para acompanhar alguns momentos da vida de um dos maiores símbolos do futebol brasileiro.

«Heleno, O Príncipe Maldito» acaba por triunfar dentro do género cinematográfico em que se enquadra, não sendo à toa algumas das comparações que a imprensa norte-americana fez com «O Touro Enraivecido» de Martin Scorsese

Há porém algumas coisas que o espectador tem de estar avisado de antemão: se esperam uma história de vida muito detalhada então visitem o Google, pois Fonseca opta por abordar o jogador de forma peculiar, por vezes um pouco generalista até, mostrandos aquilo que o jogador transmite para quem o vê de fora e não por dentro. Curiosamente, é raro haver um filme sobre um desportista com tão poucas imagens do desporto em si, preferindo-se por vezes mostrar as brigas dos treinos e nos balneários, carimbando assim o feitio temperamental do craque. O mesmo se aplica com à vida pessoal do atleta, ainda que aqui sejamos compensados com mais detalhes do que à partida pensaríamos. Para além de acompanharmos o seu casamento e relação de Heleno com uma amante que não o consegue largar, somos também introduzidos a um homem muito paradoxal e complicado de entender, pois se por um lado parece que ele busca a glória (e não as vitórias), por outro é um apaixonado pela sua equipa, não sendo à toa que afirma que «não é jogador de futebol. É jogador do Botafogo» quando é forçado a sair do clube do seu coração.
Ainda assim, «Heleno, O Príncipe Maldito» demora a carburar, sendo o primeiro terço bastante plástico (prima pelo visual numa tentativa de impor um certo glamour da época) e com muito pouca substância. Porém, e à medida que a obra avança, o filme vai sendo preenchido com mais histórias de Heleno e é aqui que Rodrigo Santoro se solta, acabando por ser curioso que ele esteja melhor já na fase da decadência do que no momento «playboy» da sua vida. A ajudar Santoro na sua tarefa estão duas atrizes que têm prestações sólidas: tanto Alinne Moraes (O Homem do Futuro) como Angie Cepeda (O Amor nos Tempos de Cólera) cumprem bem a sua função, brilhando mesmo em alguns momentos.
Por tudo isto, «Heleno, O Príncipe Maldito» acaba por triunfar dentro do género cinematográfico em que se enquadra, não sendo à toa algumas das comparações que a imprensa norte-americana fez com «O Touro Enraivecido» de Martin Scorsese.
O Melhor: Rodrigo Santoro está brilhante no último terço do filme
O Pior: O início é demasiado plástico e com pouca substância


Artigo retirado do site www.c7nema.net Respeita o nosso trabalho

IFF Cartagena: «Heleno, O Príncipe Maldito» por Jorge Pereira Versão para impressão
Quinta, 08 Março 2012 07:00

«Não sou um génio, apenas sei do que gosto: «Golos, cinturinhas e cadilacs». Assim se descreve Heleno de Freitas quando questionado por um jornalista em «Heleno, O Príncipe Maldito», um filme realizado por José Henrique Fonseca (O Homem do Ano) que tem Rodrigo Santoro como o protagonista.
Inspirado no livro «Nunca Houve um Homem como Heleno» do jornalista Marcos Eduardo Neves, o filme segue a vida de Heleno de Freitas, um ex-jogador de futebol do Botafogo, Vasco da Gama , América e Boca Juniores, muito famoso nos anos 40, e que se envolveu numa vida de excessos (até tinha a alcunha de "Gilda", a famosa personagem neurótica de Rita Hayworth no cinema), acabando abandonado por toda a gente (chegou a pedir esmola na rua) e a morrer de sífilis num sanatório aos 39 anos. E isso sabemos nós de antemão, pois Fonseca não opta apenas em carregar a sua obra com um preto e branco clássico e um design de produção apurado, mas também executa a gímnica comum neste género de cinebiografias, ou seja, mostra já o final da sua história e volta atrás para acompanhar alguns momentos da vida de um dos maiores símbolos do futebol brasileiro.

«Heleno, O Príncipe Maldito» acaba por triunfar dentro do género cinematográfico em que se enquadra, não sendo à toa algumas das comparações que a imprensa norte-americana fez com «O Touro Enraivecido» de Martin Scorsese

Há porém algumas coisas que o espectador tem de estar avisado de antemão: se esperam uma história de vida muito detalhada então visitem o Google, pois Fonseca opta por abordar o jogador de forma peculiar, por vezes um pouco generalista até, mostrandos aquilo que o jogador transmite para quem o vê de fora e não por dentro. Curiosamente, é raro haver um filme sobre um desportista com tão poucas imagens do desporto em si, preferindo-se por vezes mostrar as brigas dos treinos e nos balneários, carimbando assim o feitio temperamental do craque. O mesmo se aplica com à vida pessoal do atleta, ainda que aqui sejamos compensados com mais detalhes do que à partida pensaríamos. Para além de acompanharmos o seu casamento e relação de Heleno com uma amante que não o consegue largar, somos também introduzidos a um homem muito paradoxal e complicado de entender, pois se por um lado parece que ele busca a glória (e não as vitórias), por outro é um apaixonado pela sua equipa, não sendo à toa que afirma que «não é jogador de futebol. É jogador do Botafogo» quando é forçado a sair do clube do seu coração.
Ainda assim, «Heleno, O Príncipe Maldito» demora a carburar, sendo o primeiro terço bastante plástico (prima pelo visual numa tentativa de impor um certo glamour da época) e com muito pouca substância. Porém, e à medida que a obra avança, o filme vai sendo preenchido com mais histórias de Heleno e é aqui que Rodrigo Santoro se solta, acabando por ser curioso que ele esteja melhor já na fase da decadência do que no momento «playboy» da sua vida. A ajudar Santoro na sua tarefa estão duas atrizes que têm prestações sólidas: tanto Alinne Moraes (O Homem do Futuro) como Angie Cepeda (O Amor nos Tempos de Cólera) cumprem bem a sua função, brilhando mesmo em alguns momentos.
Por tudo isto, «Heleno, O Príncipe Maldito» acaba por triunfar dentro do género cinematográfico em que se enquadra, não sendo à toa algumas das comparações que a imprensa norte-americana fez com «O Touro Enraivecido» de Martin Scorsese.
O Melhor: Rodrigo Santoro está brilhante no último terço do filme
O Pior: O início é demasiado plástico e com pouca substância


Artigo retirado do site www.c7nema.net Respeita o nosso trabalho

«Não sou um génio, apenas sei do que gosto: «Golos, cinturinhas e cadilacs». Assim se descreve Heleno de Freitas quando questionado por um jornalista em «Heleno, O Príncipe Maldito», um filme realizado por José Henrique Fonseca (O Homem do Ano) que tem Rodrigo Santoro como o protagonista.
Inspirado no livro «Nunca Houve um Homem como Heleno» do jornalista Marcos Eduardo Neves, o filme segue a vida de Heleno de Freitas, um ex-jogador de futebol do Botafogo, Vasco da Gama , América e Boca Juniores, muito famoso nos anos 40, e que se envolveu numa vida de excessos (até tinha a alcunha de "Gilda", a famosa personagem neurótica de Rita Hayworth no cinema), acabando abandonado por toda a gente (chegou a pedir esmola na rua) e a morrer de sífilis num sanatório aos 39 anos. E isso sabemos nós de antemão, pois Fonseca não opta apenas em carregar a sua obra com um preto e branco clássico e um design de produção apurado, mas também executa a gímnica comum neste género de cinebiografias, ou seja, mostra já o final da sua história e volta atrás para acompanhar alguns momentos da vida de um dos maiores símbolos do futebol brasileiro.

«Heleno, O Príncipe Maldito» acaba por triunfar dentro do género cinematográfico em que se enquadra, não sendo à toa algumas das comparações que a imprensa norte-americana fez com «O Touro Enraivecido» de Martin Scorsese

Há porém algumas coisas que o espectador tem de estar avisado de antemão: se esperam uma história de vida muito detalhada então visitem o Google, pois Fonseca opta por abordar o jogador de forma peculiar, por vezes um pouco generalista até, mostrandos aquilo que o jogador transmite para quem o vê de fora e não por dentro. Curiosamente, é raro haver um filme sobre um desportista com tão poucas imagens do desporto em si, preferindo-se por vezes mostrar as brigas dos treinos e nos balneários, carimbando assim o feitio temperamental do craque. O mesmo se aplica com à vida pessoal do atleta, ainda que aqui sejamos compensados com mais detalhes do que à partida pensaríamos. Para além de acompanharmos o seu casamento e relação de Heleno com uma amante que não o consegue largar, somos também introduzidos a um homem muito paradoxal e complicado de entender, pois se por um lado parece que ele busca a glória (e não as vitórias), por outro é um apaixonado pela sua equipa, não sendo à toa que afirma que «não é jogador de futebol. É jogador do Botafogo» quando é forçado a sair do clube do seu coração.
Ainda assim, «Heleno, O Príncipe Maldito» demora a carburar, sendo o primeiro terço bastante plástico (prima pelo visual numa tentativa de impor um certo glamour da época) e com muito pouca substância. Porém, e à medida que a obra avança, o filme vai sendo preenchido com mais histórias de Heleno e é aqui que Rodrigo Santoro se solta, acabando por ser curioso que ele esteja melhor já na fase da decadência do que no momento «playboy» da sua vida. A ajudar Santoro na sua tarefa estão duas atrizes que têm prestações sólidas: tanto Alinne Moraes (O Homem do Futuro) como Angie Cepeda (O Amor nos Tempos de Cólera) cumprem bem a sua função, brilhando mesmo em alguns momentos.
Por tudo isto, «Heleno, O Príncipe Maldito» acaba por triunfar dentro do género cinematográfico em que se enquadra, não sendo à toa algumas das comparações que a imprensa norte-americana fez com «O Touro Enraivecido» de Martin Scorsese.
O Melhor: Rodrigo Santoro está brilhante no último terço do filme
O Pior: O início é demasiado plástico e com pouca substância


Artigo retirado do site www.c7nema.net Respeita o nosso trabalho

«Não sou um génio, apenas sei do que gosto: «Golos, cinturinhas e cadilacs». Assim se descreve Heleno de Freitas quando questionado por um jornalista em «Heleno, O Príncipe Maldito», um filme realizado por José Henrique Fonseca (O Homem do Ano) que tem Rodrigo Santoro como o protagonista.

Inspirado no livro «Nunca Houve um Homem como Heleno» do jornalista Marcos Eduardo Neves, o filme segue a vida de Heleno de Freitas, um ex-jogador de futebol do Botafogo, Vasco da Gama , América e Boca Juniores, muito famoso nos anos 40, e que se envolveu numa vida de excessos (até tinha a alcunha de "Gilda", a famosa personagem neurótica de Rita Hayworth no cinema), acabando abandonado por toda a gente (chegou a pedir esmola na rua) e a morrer de sífilis num sanatório aos 39 anos. E isso sabemos nós de antemão, pois Fonseca não opta apenas em carregar a sua obra com um preto e branco clássico e um design de produção apurado, mas também executa a gímnica comum neste género de cinebiografias, ou seja, mostra já o final da sua história e volta atrás para acompanhar alguns momentos da vida de um dos maiores símbolos do futebol brasileiro.

«Heleno, O Príncipe Maldito» acaba por triunfar dentro do género cinematográfico em que se enquadra, não sendo à toa algumas das comparações que a imprensa norte-americana fez com «O Touro Enraivecido» de Martin Scorsese

Há porém algumas coisas que o espectador tem de estar avisado de antemão: se esperam uma história de vida muito detalhada então visitem o Google, pois Fonseca opta por abordar o jogador de forma peculiar, por vezes um pouco generalista até, mostrandos aquilo que o jogador transmite para quem o vê de fora e não por dentro. Curiosamente, é raro haver um filme sobre um desportista com tão poucas imagens do desporto em si, preferindo-se por vezes mostrar as brigas dos treinos e nos balneários, carimbando assim o feitio temperamental do craque. O mesmo se aplica com à vida pessoal do atleta, ainda que aqui sejamos compensados com mais detalhes do que à partida pensaríamos. Para além de acompanharmos o seu casamento e relação de Heleno com uma amante que não o consegue largar, somos também introduzidos a um homem muito paradoxal e complicado de entender, pois se por um lado parece que ele busca a glória (e não as vitórias), por outro é um apaixonado pela sua equipa, não sendo à toa que afirma que «não é jogador de futebol. É jogador do Botafogo» quando é forçado a sair do clube do seu coração.


Ainda assim, «Heleno, O Príncipe Maldito» demora a carburar, sendo o primeiro terço bastante plástico (prima pelo visual numa tentativa de impor um certo glamour da época) e com muito pouca substância. Porém, e à medida que a obra avança, o filme vai sendo preenchido com mais histórias de Heleno e é aqui que Rodrigo Santoro se solta, acabando por ser curioso que ele esteja melhor já na fase da decadência do que no momento «playboy» da sua vida. A ajudar Santoro na sua tarefa estão duas atrizes que têm prestações sólidas: tanto Alinne Moraes (O Homem do Futuro) como Angie Cepeda (O Amor nos Tempos de Cólera) cumprem bem a sua função, brilhando mesmo em alguns momentos.

Por tudo isto, «Heleno, O Príncipe Maldito» acaba por triunfar dentro do género cinematográfico em que se enquadra, não sendo à toa algumas das comparações que a imprensa norte-americana fez com «O Touro Enraivecido» de Martin Scorsese.

O Melhor: Rodrigo Santoro está brilhante no último terço do filme

O Pior: O início é demasiado plástico e com pouca substância

Artigo retirado do site www.c7nema.net

http://www.c7nema.net/index.php?option=com_content&view=article&id=8918:iff-cartagena-heleno-o-principe-maldito-por-jorge-pereira&catid=:outros-filmes

Rodrigo Santoro colhe elogios ao recriar Heleno de Freitas em filme

06/03/2012 |

Se há algo que une Heleno de Freitas e Rodrigo Santoro é a entrega. De resto, o problemático e genial jogador do Botafogo e o ator vascaíno não têm nada em comum. "Ele buscava a autossuperação e a excelência o tempo todo. Não tolerava a mediocridade. O paralelo que encontro comigo é a dedicação, a paixão pelo que estou fazendo. Mas não sou radical como ele, que era um homem de excessos, que levava tudo ao extremo", diz Santoro, que interpreta o jogador em Heleno, de José Henrique Fonseca (rodado em preto e branco, com direção de fotografia de Walter Carvalho, o longa-metragem estreia no próximo dia 30).

Esse comprometimento de Santoro é visível no filme. Para interpretar Heleno decadente, no sanatório, consumido pela sífilis, ele emagreceu 12 quilos. Cacá Diegues comparou sua transformação à de Robert de Niro em “Touro indomável”.

A comparação provoca uma exclamação em Rodrigo Santoro — “Uau!” — e um comentário: “Touro indomável” foi uma das minhas referências, pela trajetória do personagem, também maldito.

A mudança de peso — o ator caiu de 80, 82 para 68, 69 — foi um somatório do ritmo intenso de trabalho e dieta. As filmagens começavam às 5h e ele começou a emagrecer naturalmente, desde o primeiro dia.

"Pensei: ′Acho que estou cada vez mais leve, me sentindo um passarinho`",— diz o ator, falando de Miami, onde o filme foi exibido domingo numa sessão de gala no festival internacional da cidade.

Quando terminou a primeira etapa de filmagem — que mostra o glamour e o apogeu de Heleno —, Santoro já tinha perdido quatro quilos. A equipe deu uma parada, ele intensificou a dieta e os exercícios e, um mês e meio depois, já estava pronto para as cenas no sanatório, em que aparece quase irreconhecível.

Ao receber o convite do diretor José Henrique Fonseca, Rodrigo Santoro tinha ouvido falar apenas “remotamente” sobre Heleno. À medida que escutava histórias de quem conviveu com o jogador, foi ficando fascinado.

"Aceitei porque se trata de uma grande história e de um grande personagem. E porque se passa no Rio dos anos 1940. Sempre fui muito intrigado por essa época pré-bossa nova, romântica, glamourosa, dos cantores de rádio, dos cassinos, dos concursos de miss. Já se viu muito filme dos anos 1960 a 1980, mas o Rio dos anos 1920 a 1940 é pouco abordado".

Há outra razão para ter dito “sim” ao convite:

"Não tenho dúvidas de que o menino que vive dentro de mim e que um dia sonhou em ser jogador de futebol gritou: `Pô, eu quero ser craque`.”

Durante a pesquisa, o ator se impressionou com as reações despertadas por Heleno.

"Eram muito fortes, positivas e negativas. Mas nunca eram de indiferença".

Patrimônio do futebol brasileiro

Ele conta que estava na academia quando foi abordado por uma senhora de 80 e poucos anos. Ela perguntou se ele iria mesmo representar Heleno. Ao ouvir a resposta, suspirou, disse “ai, meu Deus”, sentou-se, abanou-se e falou: “Ele namorava uma vizinha minha de portão, Benedita, e ia lá visitá-la.”

"Heleno deixou uma marca. Apesar da trajetória meteórica, mercurial, faz parte do patrimônio do futebol brasileiro. Era performático, dava show, se relacionava com a plateia. Se não fosse jogador, talvez tivesse sido um grande advogado, ator ou político", diz Santoro, ressaltando que não é um filme sobre futebol e sim sobre a vida de um jogador de futebol. "O drama dele pode ser comparado ao desses jogadores polêmicos de hoje em dia. Ele foi o padrinho dessa galera toda".

O roteiro, de Fonseca, Felipe Bragança e Fernando Castets, retrata em forma de idas e vindas no tempo o jogador boêmio, viciado em éter e mulherengo — além da mulher, Silvia (Alinne Moraes), e da amante, a cantora Diamantina (a colombiana Angie Cepeda), ele tinha vários casos. A atuação de Santoro rendeu-lhe elogios do “The Hollywood Reporter”, após a estreia mundial, em setembro passado, no Festival de Toronto. “‘Heleno’ é um impressionante trabalho que certamente eleva o status de Fonseca e do seu brilhante astro Rodrigo Santoro no cenário do cinema nacional”, escreveu Kirk Honeycutt.

O filme tem produção da Goritzia Filmes, de Fonseca, ao lado da RT Features, de Rodrigo Teixeira, idealizador do projeto. Teixeira diz que quis levar às telas a “clássica história do herói que deu errado”.

Santoro faz questão de citar uma trinca sem a qual, para ele, seu Heleno não chegaria às telas: o preparador de elenco Sergio Penna, com quem trabalhou em “Bicho de sete cabeças” e de novo agora; o empresário Eike Batista, que entrou com R$ 4 milhões do orçamento total de R$ 8,5 milhões; e o bailarino Marcelo Misailidis, que o ajudou na parte corporal.

"Heleno parecia um bailarino. Gabriel García Márquez dizia que era o Nijinsky do futebol. Na primeira reunião, vi uma foto dele em campo. Está recuando, ia receber a bola no peito. Parecia que estava dançando. Sempre quis fazer aula de dança e, com Marcelo, trabalhamos de forma aberta. Eu queria harmonizar os movimentos, porque a grande marca de Heleno, dentro e fora do campo, era a elegância. Os amigos diziam que ele era o melhor amigo da bola".

Santoro passou oito meses ligado ao filme. Envolveu-se tanto que acabou entrando também como produtor.

"É o projeto ao qual dediquei mais tempo. Foi exaustivo me dividir, tomar decisões, correr atrás de patrocínio".

A preparação incluiu de Billie Holiday ao ex-jogador Cláudio Adão, com quem treinou matar a bola no peito e cabeçada, características de Heleno.

"Ouvi muito Billie, Chet Baker. Tinha uma rádio no Copacabana Palace, e o Zé Henrique conseguiu gravações da época. Isso me ajudou a conhecer a atmosfera, a ver como se empostava a voz, a saber o que acontecia no período. Tudo é alimento, sendo que o objetivo é sempre encontrar a humanidade do personagem", diz ele, que também escutou Schumann, compositor que morreu de sífilis.

Fonseca optou por fazer um filme em preto e branco, assim como o Botafogo de Heleno. A direção de fotografia é de Walter Carvalho. Santoro aplaude a escolha de Fonseca.

"É uma ótima ideia, ajuda o espectador a se conectar com a época. Meu maior desejo é que não se tenha preconceito com isso, não se diga `poxa, é preto e branco`. Não, tem que se dizer: `Poxa, que legal, é um filme em preto e branco!` É bom para reciclar o olhar do bombardeio colorido dos dias de hoje", diz ele, feliz com a vitória de O artista no Oscar.

http://www.pernambuco.com/ultimas/nota.asp?materia=20120306114858&assunto=99&onde=Viver


HELENO, novo longa-metragem de José Henrique Fonseca, entra em cartaz no dia 23 de março

O ator Rodrigo Santoro é Heleno, no novo filme de José Henrique Fonseca que teve sua pré-estreia mundial em setembro, no Festival de Toronto, no Canadá.
Adicionado em: 1 de fevereiro de 2012

O ator Rodrigo Santoro é Heleno, no novo filme de José Henrique Fonseca que teve sua pré-estreia mundial em setembro, no Festival de Toronto, no Canadá. A sessão contou com a presença do diretor, do protagonista e da atriz Angie Cepeda. O filme mostra a ascensão e queda do famoso jogador brasileiro Heleno de Freitas, cujo estilo agressivo revolucionou o esporte.

Dos anos 1940, quando Heleno estava no auge, ao final da década de 1950, quando passou seus últimos dias em um sanatório, Heleno conta a história de um atleta talentoso, que tem sua vida destruída dentro e fora de campo devido à sua arrogância e temperamento violento.

O diretor Fonseca relembra a atmosfera dos anos 40, numa fotografia em preto e branco que evoca os clássicos filmes de Hollywood.

Como atleta, o sonho de Heleno era levar o Brasil à vitória na Copa do Mundo, mas a guerra na Europa cancelou os torneios de 1942 e 1946. No filme é possível ver um Heleno mulherengo e boêmio, freqüentador das casas noturnas, além do grande craque dos campos de futebol do Rio de Janeiro. Em 1950, Heleno já está em declínio, vítima de uma sífilis não tratada é internado como louco, num sanatório. Suas atitudes extremadas e a falta de espírito de equipe o levaram a ser vendido ao Boca Juniors, na Argentina, na maior transação do futebol brasileiro de então, enquanto seu caso com uma cantora de boate o separa de sua mulher e filho.

Heleno foi produzido pela Goritzia Filmes e RT Features. No Brasil, terá distribuição da Downtown Filmes e RIOFILME, no primeiro semestre de 2012. No elenco, além de Rodrigo Santoro, também estão Alinne Moraes, que interpreta a esposa dele, Silvia, e Angie Cepeda, que é Diamantina, a amante.

BIOGRAFIA DO DIRETOR:
Sócio-fundador da Conspiração Filmes, José Henrique lançou em 2003 seu primeiro longa-metragem, “O Homem do Ano”, baseado no romance “O Matador”, de Patrícia Melo, premiado em diversos festivais internacionais.
Em 1998, dirigiu “Cachorro!”, um dos três episódios do longa-metragem “Traição”. Com Walter Salles co-dirigiu a série “Caetano Veloso – 50 anos” exibida na TV Manchete e em diversos países, entre eles, Itália e França.
Após se desligar da Conspiração, fundou a GORITZIA FILMES, uma empresa produtora de conteúdo para cinema e TV, com a qual José Henrique realizou “Heleno”, seu segundo longa-metragem.

SINOPSE:
Heleno de Freitas era o príncipe do Rio de Janeiro dos anos 40, quando a cidade era um cenário de sonho, cheio de glamour e promessas. Bonito e charmoso nos salões elegantes, era um gênio explosivo e apaixonado nos campos de futebol. Heleno tinha certeza de que seria o maior jogador brasileiro de todos os tempos. Mas a guerra, a sífilis e as desventuras de sua vida desviaram seu destino, numa jornada de glória e tragédia.

EQUIPE:
Brasil, p&b, 35mm, 106 min.
Direção: José Henrique Fonseca
Produção: José Henrique Fonseca, Rodrigo Teixeira, Eduardo Pop e Rodrigo Santoro
Roteiro: José Henrique Fonseca, Felipe Bragança e Fernando Castets
Direção de Fotografia: Walter Carvalho, ABC
Direção de Arte: Marlise Storchi
Distribuição: Downtown Filmes e RIOFILME

www.helenofilme.com.br

http://refrescante.com.br/heleno-novo-longa-metragem-de-jose-henrique-fonseca-entra-em-cartaz-no-dia-23-de-marco.html




Título original: (Heleno)
Lançamento: 2012 (Brasil)
Direção: José Henrique Fonseca
Atores: Rodrigo Santoro, Alinne Moraes, Angie Cepeda, Othon Bastos.
Duração: 116 min
Gênero: Drama
Status: Inéditos
Sinopse
O jogador de futebol Heleno de Freitas (Rodrigo Santoro) era considerado o príncipe do Rio de Janeiro dos anos 40, numa época em que a cidade era um cenário de sonhos e promessas. Era ao mesmo tempo um gênio explosivo e apaixonado nos campos de futebol e um galã chermoso nos salões da sociedade carioca. Tinha certeza de que seria o maior jogador brasileiro de todos os tempos, mas a guerra, a sífilis e as desventuras de sua vida desviaram seu caminho, numa jornada de glória e tragédia. Baseado no livro “Nunca Houve um Homem como Heleno”, de Marcos Eduardo Novaes.
Premiado recentemente no Festival de Cinema Latino-Americano de Havana, Heleno acaba de ganhar o seu primeiro cartaz. A imagem, como não poderia deixar de ser, destaca a presença de Rodrigo Santoro, que interpreta o personagem-título.

O jogador de futebol Heleno de Freitas fez história nos anos 40 e ficou conhecido como o príncipe maldito. Dividia seu tempo como gênio dos gramados e galã dos salões da sociedade carioca.

Alinne Moraes, Othon Bastos, Angie Cepeda, Herson Capri e Orã Figueiredo completam o elenco do filme, que marca a estreia de Santoro como produtor. Em entrevista ao Adoro Cinema no Festival de Brasília 2011, o ator falou um pouco sobre a dificuldade que foi concluir Heleno: "As razões de eu ter me envolvido como produtor foi porque achava que essa história realmente deveria ser contada, pela importância que ele teve na história do futebol, e também porque eu acho uma grande personagem. Artisticamente, eu quis me envolver um pouco mais. E também entrei como produtor para ajudar na captação. Não é um filme com romance, não tem tiros e explosões, então como conseguir dinheiro? Foi difícil de captar, mas felizmente no finalzinho do segundo tempo conseguimos o apoio do Eike Batista, que foi o grande parceiro do filme."

Rodrigo Santoro afirmou ainda que passou a respeitar ainda mais a figura do produtor. "Foi extremamente importante, aprendi muito. Respeito muito mais o produtor agora. Antes ele era um cara lá que aparecia de vez em quando no set, mas agora entendo o processo de feitura do filme. Expandiu muito a minha visão", disse.

Dirigido por José Henrique Fonseca, Heleno chega aos cinemas do Brasil no dia 16 de março.
FONTE: http://www.adorocinema.com/cinenews/confira-o-primeiro-cartaz-de-heleno-com-rodrigo-santoro-8621/


13/12/2011 09:36
Festival de Cinema de Havana consagra Rodrigo Santoro
Rodrigo Santoro e Alessandra Negrini brilham no 33º Festival de Cinema de Havana, em Cuba; confira lista dos premiados
Da Redação
Os Paparazzi
Rodrigo Santoro Heleno Melhor Ator Festival de Cinema de Havana Cuba (Foto: Divulgação)
Rodrigo Santoro leva prêmio de Melhor Ator por atuação em "Heleno"
Filmes e atores brasileiros brilharam na noite deste domingo, 11, no 33º Festival de Cinema de Havana, em Cuba. Rodrigo Santoro ganhou o "Coral" de Melhor Ator por sua atuação no filme "Heleno", a cinebiografia do jogador de futebol do Botafogo, Heleno de Freitas, com direção de José Henrique Fonseca. Já a atriz Alessandra Negrini levou o prêmio "Coral" de Melhor Atriz por sua atuação em "O Abismo Prateado", com direção de Karim Aïnouz, filme inspirado em uma música de Chico Buarque.

Outro "Coral" brasileiro em Havana foi levado pelo diretor José Padilha, com o prêmio de direção de longa de ficção em Tropa de Elite 2. O principal prêmio do Festival de Cinema de Havana, em Cuba, foi o "Primeiro Coral" de longa de ficção, com a produção mexicana "El inferno", de Luis Estrada. Em segundo lugar ficou o brasileiro "O Abismo Prateado", que também consagrou Alessandra Negrini em Cannes.

Com o "Coral" de Melhor Ator, Rodrigo Santoro é só alegria. O ator que brilhou como "Heleno" nos cinemas falou sobre a conquista no Festival em Cuba. "Tenho enorme respeito pelo festival de Havana, que é considerado o grande ponto de encontro do cinema feito na América Latina, ser reconhecido por ele é extremamente motivador e uma grande honra para mim".

Os profissionais Daniel Rezende (Tropa de Elite 2), Mauro Pinheiro Jr, Waldir Xavier, Leandro Lima e Ricardo Cutz (O Abismo Prateado) também foram premiados no 33º Festival de Havana. OsPaparazzi mostra abaixo a lista completa do festival. Quem foram os vencedores do Festival de Havana em Cuba...

Direção: José Padilha , "Tropa de elite 2"; Roteiro: Marité Ugás e Mariana Rondón, por "El chico que miente"; Ator: Rodrigo Santoro, por "Heleno"; Atriz: Alessandra Negrini, por "O abismo prateado"; Edição: Daniel Rezende, por "Tropa de elite 2"; Música Original: Michael Brook, por "El infierno" (México); Trilha sonora: Waldir Xavier, Leandro Lima e Ricardo Cutz por "O abismo prateado"; Fotografia: Mauro Pinheiro Jr, por "O abismo prateado"; Direção de arte: Salvador Parra, por "El infierno" (México); Figurino: Mariestela Fernández, por "El infierno" (México); Menção do júri: "Um conto chinês", de Sebastián Borensztein (Argentina, España); Prêmio especial do júri: "Tropa de elite 2".

Terceiro prêmio coral: "Fábula", de Lester Hamlet (Cuba); Segundo prêmio coral: "O abismo prateado", de Karim Aïnouz e Primeiro prêmio coral: "El infierno", de Luis Estrada (México).

http://www.ospaparazzi.com.br/celebridades/festival-de-cinema-de-havana-consagra-rodrigo-santoro-6531.html

Por Sérgio Settani Giglio
em 09-05-2010, às 20h38.

Um craque chamado Heleno O ator Rodrigo Santoro recria com precisão a trajetória do mais torto e trágico dos anjos do futebol brasileiro em filme que José Henrique Fonseca dirige no Rio de Janeiro

Ubiratan Brasil / RIO - O Estado de S.Paulo

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100509/not_imp549061,0.php

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100509/not_imp549076,0.php

A metamorfose começou - primeiro, o corte de cabelo, cuidadosamente modelado e esculpido de gomalina, à moda de Rodolfo Valentino; em seguida, os tornozelos que, graças à dedicação nas cenas de jogo, são tratados com gelo, como fazem os atletas profissionais. Mas é no olhar que a transformação mais impressiona: incisivo, confiante, debochado. É a partir dos olhos que o ator Rodrigo Santoro assume a persona de Heleno de Freitas (1920- 1959), o mais torto dos anjos do futebol brasileiro, ídolo do Botafogo dos anos 40 que morreu sifilítico, incompreendido, louco. Um fascinante personagem cuja trajetória inspira o novo filme que José Henrique Fonseca roda há dez dias no Rio de Janeiro. "Heleno carregava a própria tragédia grega no nome", conta o cineasta, enquanto observa o trabalho de concentração de Santoro.

Na manhã de sexta-feira, em um dos vestiários do estádio do Vasco da Gama, em São Januário, o Estado acompanha com exclusividade a preparação de uma cena. Vestido com a camisa de época do Botafogo, chuteira de couro e travas de cortiça, o ator acerta o cabelo, acende o cigarro, posiciona-se como um deus grego, apoiado em um banquinho. "Rodrigo fica tão concentrado que, no set, o chamamos de Heleno, sem gozação", comenta Fonseca. "E ele atende."

Orçado em R$ 8 milhões, o filme (que ainda carrega o título provisório de Heleno) vai acompanhar a trajetória de um craque singular: advogado formado, bonito, famoso, goleador mas bipolar - irascível em campo, disposto a brigar com adversários e colegas do próprio time por conta de uma jogada malfeita, Heleno era um gentleman fora do gramado, incapaz de insultar alguém. "É um personagem muito complexo, que ainda estou descobrindo", conta Santoro.

Heleno (que pode mudar para um título sem referência ao nome do jogador) não será um filme sobre futebol, apesar de seu fio condutor ser a trajetória do atacante obcecado pela vitória, que passou por Botafogo, Vasco, Santos, América carioca, além do Boca Juniors da Argentina (passagem na qual se criou o boato de que teve um affair com Evita Perón) e Atlético Junior de Barranquilla da Colômbia, onde cativou torcedores ilustres como o escritor Gabriel García Márquez. "Quando o encontrei, em um festival de cinema em Cuba, Gabo disse que, com Heleno, não havia meio termo: ou ele encantava a torcida com um show de bola ou era expulso, depois de brigar com alguém."

Mito. Assim, o plano de Fonseca, que divide o roteiro com Felipe Bragança, é recriar justamente esse mito do qual sobraram documentos esparsos - um punhado de fotos e depoimentos conflitantes. Nada de imagens em movimento, exceto alguns segundos de uma partida do Boca, recém-descobertos na Cinemateca Argentina. Criou-se, portanto, ao longo dos anos um perfil desencontrado do jogador. "Havia quem o endeusava, mas também existiam aqueles que o pintavam como demônio", lembra o cineasta, que há cinco anos trabalha para viabilizar o projeto. "No final, tanto tempo de espera serviu, ao menos, para criar uma história menos documental e mais centrada na figura humana."

Graças ao apoio do empresário Eike Batista, que acreditou no filme e despertou o interesse de outros financiadores, o público vai conhecer a história do homem que buscava a perfeição mas, vitimado pela sífilis que destruiu seu cérebro, terminou como um farrapo humano. "Há cenas muito fortes, como a única partida que Heleno disputou no Maracanã", observa Santoro, que leu toda a documentação existente, além de ter conversado com pessoas que, de alguma forma, tiveram um certo contato com o jogador. "Em 1951, já doente, ele vestiu a camisa do América que enfrentaria o São Cristóvão. Heleno ficou apenas 25 minutos em campo - há quem diga que estático, só acompanhando a bola. O seu desejo, porém, foi realizado: pisar no gramado do Maracanã."

As filmagens seguem por mais quatro semanas. Depois, serão interrompidas durante um mês, período em que Santoro vai engordar oito quilos para viver o momento crucial de Heleno de Freitas: a derrocada em um sanatório.

Sem avisar a produção, Rodrigo Santoro decidiu passar um fim de semana em São João Nepomuceno e Barbacena, cidades mineiras onde Heleno de Freitas nasceu e morreu, respectivamente. "Fui acompanhado do (preparador de elenco) Sérgio Pena e conversamos com as pessoas sobre as reminiscências deixadas pelo jogador." Em seu trabalho perfeccionista, ele também ouviu Luiz Eduardo, único filho do atacante. E ainda assistiu ao filme Gilda, clássico noir de Charles Vidor de 1947, em que Rita Hayworth interpreta uma mulher cujo temperamento de diva inspirou uma bela provocação dos torcedores rivais, que gritavam "Gilda" quando o craque estava em campo.

"Ele era um homem surpreendente, um marco da sociedade carioca dos anos 40, pois foi o primeiro jogador a atrair donzelas para os estádios por conta de seu charme", explica Santoro. "Também foi pioneiro em importar um Cadillac, alimentando sua paixão por carros."

O ator se prepara com afinco para as cenas que considera as mais marcantes do filme - justamente a fase em que Heleno, já com a mente devastada pela sífilis, abandona o futebol e vive o resto de sua vida em um sanatório. "Como ele se negou a fazer tratamento adequado, temendo comprometer a virilidade, a doença avançou a ponto de comprometer seu senso crítico, sintoma que era tratado com choques elétricos."

A cena inevitavelmente faz lembrar do primeiro grande momento de Santoro no cinema, Bicho de Sete Cabeças (2000), filme de Laís Bodanzky em que interpreta um rapaz internado pela família em um hospício. "Há alguma semelhança, mas acredito que agora será mais forte."

A doença que Heleno potencializava em sua raiva é a chave do longa de José Henrique Fonseca, que deve estrear em maio de 2011. O diretor gosta de criar um clima propício na filmagem - ao som de músicas incentivadoras (de O Anel do Nibelungo, de Richard Wagner, a clássicos do jazz americano), ele pretende apresentar um Rio desaparecido. "Nos anos 40, enquanto a Europa tentava se recuperar da guerra, a cidade vivia momento glamouroso, graças à beleza natural e ao lazer propiciado por clubes e cassinos", observa o cineasta, que fez uma pesquisa cirúrgica em busca de locações que ainda conservam reminiscências da época.

Em alguns casos, teve sucesso, como o estádio do Vasco, cujos vestiários, tribunas e arquibancadas mantêm a base do desenho original. Ou ainda o Copacabana Palace, onde Heleno viveu durante seus momentos de glória, época em que, reza a lenda, testemunhou Orson Welles atirar uma poltrona na piscina do hotel. "Nossos problemas são mais geográficos", conta Eduardo Pop, da Goritzia Filmes, que divide a produção com a RT Features, de Rodrigo Teixeira. "Veja a cena de Ilma, mulher do jogador, no balcão de um apartamento do hotel: ao fundo, aparece a orla de Copacabana, hoje totalmente distinta do que era há 70 anos. Assim, uma empresa americana foi contratada para, durante quatro meses, trabalhar com computação gráfica a fim de aprimorar apenas três cenas e revigorar a vista original."

Cores. "Nenhum detalhe histórico passará despercebido", garante Rodrigo Teixeira. "Como não se trata de um filme só sobre futebol, todas as histórias fora do gramado têm a mesma importância." Para se conseguir o melhor bordado dessa recriação, foi convidado o especialista da fotografia no cinema Walter Carvalho. Com mais de 50 longas no currículo, ele elaborou um plano sobre as cores do filme. "Para as cenas no sanatório, que representam o momento presente da história, penso em cores desbotadas. Já para os planos de futebol, talvez faça experiência com o preto e branco, mas nada está definido." Em todo caso, todo o longa vem sendo rodado em cores.

A preparação também é acompanhada por Santoro que, apaixonado pelo projeto, decidiu tornar-se um dos produtores. Inédita em sua carreira, a experiência revelou-se cansativa. "Incrível como surgem problemas. Isso até retardou minha preparação do personagem."

Nada, porém, parece barrar seu perfeccionismo. Apesar de ter alguma habilidade com a bola, o ator pediu auxílio do ex-atacante Cláudio Adão, que lhe ensina o refinado futebol de Heleno de Freitas. "É uma homenagem que presto ao grande mito." Respeito por alguém que, mesmo depois de morto, não escapou do infortúnio - quando o corpo do jogador era levado até São João Nepomuceno, chovia torrencialmente e o carro atolou, adiando o enterro em um dia.






FONTE:http://cev.org.br/comunidade/futebol/debate/filme-um-craque-chamado-heleno

Alinne Moraes e Rodrigo Santoro em romântico envolvimento nas cenas do filme Heleno

A atriz Alinne Moraes e o ator Rodrigo Santoro flagrados em romântico envolvimento em cenas do filme Heleno, atualmente em produção no Rio de Janeiro e que conta a história do jogador de futebol Heleno de Freitas.


GALERIA DE FOTOS DA FILMAGEM E HELENO DE FREITAS