quarta-feira, 15 de junho de 2011

Por onde anda Vímerson Cavanilas, o Tob do Balão Mágico?




Artista de teatro, ele relembra os bons tempos com o grupo infantil

Barbara Duffles Do EGO, em São Paulo

Arquivo Pessoal /Reprodução
Vímerson Cavanilas

Em 1984, o então garotinho Tob entoava o verso “Eu sou o Tob. Não me canso de cantar...” na música “Amigos do peito”, da Turma do Balão Mágico. Vinte e cinco anos depois, ele não é mais chamado de Tob, e sim, de Vímerson Benedicto Cavanilas, seu verdadeiro nome. Tampouco canta: hoje em dia o ex-parceiro de Simony, Mike Biggs e Jairzinho é ator de teatro e está em cartaz com a peça “A Linha”, ao lado de Teco Tavares (irmão da top Fernanda Tavares).

A carreira artística de Vímerson, 38 anos, começou quando ele tinha apenas três, fazendo comerciais de TV e anúncios. A convite de prefeituras das cidades do interior de São Paulo, Vímerson também se apresentava ao lado do irmão, cantando músicas de Roberto Carlos, Roberto Leal e Jessé. “Foi ‘Porto Solidão’ que cantei no teste para entrar o Balão Mágico”, conta o ator ao EGO.

Em 1982, ele se juntou a Simony e Mike (e mais adiante, a Jair Oliveira) para formar o grupo infantil de maior sucesso entre as crianças e mudou seu nome artístico para Tob. “Vímerson seria bem complicado para uma criança lembrar e falar. Fizeram uma montagem juntando a última sílaba de meu sobrenome com a primeira: Benedicto: ‘to’ mais ‘be’ igual a Tob. Foi isso que fiquei sabendo” (risos).

Mesmo tímido, (“Sou até hoje!”) Tob passou a se apresentar com a Turma para grandes plateias, até mesmo no Maracanã. “Fico com mais vergonha de pessoas que conheço. Se tiver 70 mil pessoas me assistindo, e se em outra ocasião tiver só uma que eu conheça, com certeza essa uma vai me deixar mais tenso e com mais vergonha do que a multidão”, explica Vímerson, que vencia a timidez ao sentir a boa energia e o carinho do público.

Os três anos de Balão Mágico renderam a Vímerson lembranças divertidas e emocionantes. Como o tombo que levou no programa do Chacrinha, quando o grupo recebeu o disco de ouro pela música “Superfantástico”. “Estávamos todos no palco pulando, cantando, alegria. Êeee...Bexigas caindo, festa. Comecei a chutar as bexigas, escorreguei e fui pro chão. Claro que todo mundo viu! A câmera pegou, a palhacinha que estava junto cantando veio até me consolar” (risos).

Vímerson conta também do susto ao gravar o clipe da primeira abertura do programa, em que as crianças voavam de balão. “Voamos baixo, com um helicóptero ao lado filmando, e na hora de descermos, já praticamente no chão, o vento que a hélice provocava fez com que o balão não parasse mais. As pessoas começaram a gritar para que nos abaixássemos dentro do cesto. Eu cheguei a ver, pela fresta, nós indo com tudo em direção a uma cerca de arame farpado.Foi um susto e tanto! Mas no final ninguém se machucou”.

Outro momento marcante foi o encontro com o Roberto Carlos no estúdio. “Eu cantava suas músicas desde pequeno. Sentia como se realmente estivesse ao lado de um Rei. E estava”, conta Vímerson, que também lembra das broncas que levava do Fofão (Orival Pessini) nas gravações. “Ele não tinha muita paciência comigo, pois eu tinha dificuldades de decorar alguns textos mais longos e acabava repetindo a gravação muitas vezes.”

Depois do Balão, outros voos

Com 14 anos, Vímerson estava se desenvolvendo mais rápido do que as outras crianças do Balão, inclusive sofrendo mudanças de voz. Por conta disso, saiu do grupo em 1985. Gravou um disco solo, que não deu muito certo, e decidiu dar um tempo na carreira artística.

Estudou Rádio e TV na faculdade e trabalhou em algumas produções. Mas seu talento para o humor fez com que começasse a estudar teatro. Fez vários cursos de interpretação, inclusive no CPT (Centro de Pesquisa Teatral), do conceituado diretor Antunes Filho. “Foram 3 anos de um grande amadurecimento como ator e, mais que isso, como ser humano”, avalia.

Entre as peças que mais gostou de fazer estão “O Canto do Gregório” e “Antígona”, ambas dirigidas por Antunes Filho. Agora, pretende voar por outros ares. “Sou louco por cinema. Meu sonho é ser protagonista de um longa-metragem”, diz Vímerson, que fica em cartaz até dia 31 de outubro com “A Linha”, no Teatro Bibi Ferreira, em São Paulo.

http://ego.globo.com/Gente/Noticias/0,,MUL1336029-9798,00-POR+ONDE+ANDA+VIMERSON+CAVANILAS+O+TOB+DO+BALAO+MAGICO.html

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