Famosidades, Atualizado: 23/9/2010 13:05
Por RENATA DAFLON
RIO DE JANEIRO - A vida de um ídolo não é nada fácil. Isso todos os telespectadores do reality show exibido pela Record escutam às terças e quintas da boca dos jurados Luiz Calainho, Paula Lima e Marco Camargo. Mas, ao mesmo tempo, o que eles também passam para os candidatos é um futuro promissor, com uma agenda lotada de shows, fãs espalhadas pelo país e seu talento reconhecido em diversos lugares.
Na prática, a situação não é bem assim. Saulo Roston, vencedor da edição 2009 do "Ídolos", conversou com o Famosidades e garantiu que após o programa precisou levantar as mangas para fazer com que seu nome permanecesse em alta, e que ele conquistasse tudo que havia sonhado. Claro que a repercussão da atração ajudou - e muito! -, mas as dificuldades foram maiores do que ele imaginava.
Questionado sobre a polêmica da carreira curta para vencedores de realitys shows no Brasil, Saulo afirmou. “Realmente temos esse estigma no Brasil. Discordo do insucesso pregado pela mídia. No caso do ‘Ídolos’, nós provamos que temos todos os requisitos para um futuro promissor. Saímos do programa com o selo de aprovação de público.”
Divulgação/ Rede Record
Mas só a aprovação do público não é garantia de felicidade. Provando que o caminho é mais duro do que se imagina, o cantor falou que ficou surpreso com as dificuldades enfrentadas após a saída do programa. “O problema é que sofremos dificuldades que não deveriam existir naquele momento. Mas isso é fruto da má - e porque não dizer da falta - de administração das carreiras dos ganhadores”, criticou o cantor.
Os candidatos passam por um julgamento severo. Além de conquistar o público, precisam convencer os jurados que têm talento para chegar à final. Criticados e expostos, porém com muita garra e determinação, os candidatos entendem que neste processo, todas as críticas são construtivas. Foi o que aconteceu com Saulo. “Passamos por um processo intenso de exposição e aprimoramento do nosso talento e saímos mais do que preparados para vivermos o sucesso”, disse. Mas, se com todo esse talento, os vencedores desaparecem da mídia, qual seria o problema? O cantor tem a resposta, já que o após o programa a vida é bem diferente.
“Nos falta é a liberdade para sermos só artistas e não artistas, administradores, contadores, produtores, assessores, vendedores, roads, e secretários. Enfim, acaba que temos que fazer TUDO. Lutamos para não deixar o artista morrer dentro da gente, pois tudo parece ser tornar quase humanamente impossível. Não temos o que deveríamos ter: uma equipe preparada para fazer todas essas outras funções”, revelou.
Saulo admitiu que não dá pra ficar parado e ser simplesmente o vencedor do programa. O último ‘ídolo’ contou ao Famosidades, que após todas essas dificuldades pensou em desistir da carreira. Título não é sinônimo de sucesso. No palco do reality show tudo é festa, mas quando o espetáculo acaba, a vida real segue a todo a vapor. Para ‘viver’ o sucesso, Saulo deu a volta por cima e vai conquistando seu espaço aos poucos.
“Consegui aproveitar o máximo de todas as oportunidades geradas após a minha exposição no programa. Sobrevivi. Hoje consigo coordenar toda uma equipe para operar todas essas outras funções que existem em uma carreira artística, para finalmente eu conseguir ser ‘o’ artista. Pensar como artista, criar os arranjos, pensar na arte, pensar no show”, disse.
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"Ídolos 2010": Críticos analisam futuro dos finalistas
Por RENATA DAFLON
RIO DE JANEIRO - Na noite desta quinta-feira (23), o “Ídolos 2010" chega ao fim. A versão brasileira do "American Idol", que já lançou artistas ganhadores de Grammy - o maior prêmio da música mundial - está na sua quinta edição no país, sendo a terceira pela Rede Record. E mais do que ver o desfecho da disputa entre Tom Black e Israel Lucero, a pergunta que não quer calar é: qual será o futuro do ganhador do reality show?
Se nas quatro primeiras edições o vencedor do “Ídolos” não recebeu o apoio esperado, isso pode ser ainda mais grave na atual edição. Agora, o vencedor é lançado pela Radar Records e não mais pela Warner, como nos anos anteriores. Segundo Arnaldo Saccomani, jurado das duas edições do programa no SBT, esse é um dado preocupante. “Todas as grandes gravadoras abandonaram os realitys shows musicais”, disse ao Famosidades.
Para Saccomani a saída vitoriosa do programa não significa promessa de sucesso. Os cantores vencedores chegam nas gravadoras e viram escravos do “sistema”, perdendo sua identidade musical. Rafael Barreto, ganhador da edição de 2008, chegou a gravar um CD pela Sony. Um ano e meio depois, o cantor desligou-se da gravadora e rendeu-se ao estilo sertanejo universitário, realizando shows nas casas noturnas de São Paulo.
Esta edição, por exemplo, apresenta identidades muito diferentes. Israel Lucero é um representante nato do sertanejo, ritmo que está em alta. Já Tom Black faz um estilo pop com influências da black music.
E como a onda Luan Santana toma conta das rádios, há quem diga que Israel, o garoto prodígio de apenas 17 anos, pode ser um forte candidato a levar o prêmio. “Os sertanejos sempre estiveram muito perto da vitória. Eu acho que seria uma boa experiência se o Israel ganhasse”, opinou o produtor musical Carlos Eduardo Miranda (foto ao lado).
Atualmente dividindo a bancada do “Qual é o Seu Talento”, do SBT, com Arnaldo Saccomani, Miranda também esteve ao lado do colega nas duas primeiras edições do “Ídolos”.
Como espectador, o ex-jurado confessou ao Famosidades: “Eu torço muito pelo sertanejo”. Já Saccomani apostou no diferencial de Tom Black como ponto positivo. “Talvez ele [Tom Black] tenha mais charme por ser diferente”, arriscou
fonte:http://entretenimento.br.msn.com/famosos/noticias-artigo.aspx?cp-documentid=25680167
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