Empresa irá instalar câmeras de alta definição na Estação Espacial. Serviço será gratuito; empresas podem pagar para ter dados especiais.
Do G1 em São Paulo
Serviço promete mostrar imagens da Terra vista da
órbita pela internet (Foto: Nasa/Reuters)
Um projeto para colocar câmeras na Estação Espacial Internacional (ISS
na sigla em inglês) pretende transmitir pela internet um vídeo ao vivo
da Terra vista de sua órbita. A transmissão será feita em tempo real, 24
horas por dia, e usará câmeras de alta definição que seriam instaladas
na estação que orbita o planeta. O serviço deve ser lançado apenas em
2013.
De acordo com a statup Uthercast, que desenvolve o projeto, a qualidade
da imagen transmitida aos computadores será em alta definição, o que
permitiria identificar cidades e objetos com "um metro de comprimento".
As câmeras estão sendo construídas neste momento, de acordo com o
cofundador da startup Scott Larson em entrevista ao site "Mashable", e
ficarão prontas na metade de 2012. Elas serão enviadas para a Rússia e
irão à bordo de uma missão para a estação espacial. O executivo afirma
que o serviço exige a instalação dos equipamentos e que, por isso, só
deve entrar em operação no próximo ano.
A Terra será filmada continuamente pela estação, que dá cerca de 15
voltas no planeta por dia. As imagens serão enviadas para servidores e,
em seguida, em vídeo no formato streaming para os usuários. A
expectativa da empresa é fornecer imagens todos os segundos por 10 anos.
Segundo Larson, será possível localizar a casa do usuário por meio da
localização da Estação Espacial Internacional. "Como sabemos onde ela
está, o usuário poderá saber o momento em que ela passará por sua casa
e, desse modo, ver a sua cidade".
Além de permitir que os usuários vejam a órbita da Terra em tempo real,
a Uthercast planeja vender imagens para empresas de mineração e
agricultura, usando-as para pesquisas.
MAIS: "Não tenho tempo para mim", reclama Luan Santana Por FAMOSIDADES
RIO
DE JANEIRO - Luan Santana resolveu processar o humorista Vinícius
Vieira, da Record. O sertanejo entrou com uma ação contra o
ex-integrante do “Pânico” por conta da paródia da música "Amar Não É
Pecado".
Segundo o jornal “Agora S. Paulo”, o cantor considerou
ofensiva a canção "Dar Rosca Não É Pecado” e pediu na justiça uma
indenização de R$ 200 mil por dano a sua imagem.
A faixa, que
brinca com a orientação sexual de Santana, fez bastante sucesso em 2011 e
chegou a tocar na rádio 89 FM, de São Paulo.
Sexta-feira, 20 de Abril de 2012 SP Jovem sofre agressão homofóbica de motorista de ônibus, quando retornava de uma balada gay. por Redação MundoMais
Diego Azevedo (foto), 22 anos, voltava de uma balada gay em Pinheiros, no dia 14 de abril, quando adormeceu na linha 107P/10 Mandaqui - Pinheiros e foi agredido no ponto final pelo motorista do ônibus, por volta das 8h30, após ter se negado a descer em um local desconhecido.
Queria permanecer na linha e retornar a parada onde pretendia descer inicialmente, mas o motorista e o cobrador me hostilizaram com ofensas homofóbicas para que eu descesse. A agressão ocorreu por parte do motorista que usou uma ferramenta semelhante a um martelo para atingir meu rosto, contou a vítima, com tom de indignação.
O jovem teve ferimentos e cortes na boca e nos olhos. O caso teve boletim de ocorrência registrado na 73° Distrito Policial de Jaçanã, onde foi requisitado da vítima um exame de corpo de delito. Após o resultado, o caso deve ser transferido para o 20° Distrito Policial da Água Fria.
A presidente Dilma Rousseff, o empresário Eike Batista e a presidente da Petrobras, Maria das Graças Silva Foster, aparecem na lista de 2012 das 100 pessoas mais influentes do mundo feita pela revista norte-americana 'Time'. A lista foi divulgada nesta quarta-feira (18).
Dilma aparece pela segunda vez na lista, repetindo o feito de 2011. O perfil da presidente brasileira na revista foi escrito pela sua homóloga argentina, Cristina Kirchner, que não aparece na lista.
No texto, Cristina elogia Dilma por comandar "um Brasil convicto de que seus interesses nacionais estão absolutamente ligados ao interesse de seus vizinhos".
A lista é bem heterogênea, e traz destaques pessoais em diversas áreas.
Nomes como o do presidente dos EUA, Barack Obama, seu oponente republicano nas eleições deste ano, Mitt Romney, e da secretária de Estado Hillary Clinton também foram listados.
Angela Merkel (Alemanha), Mario Monti (Itália), Juan Manuel Santos (Colômbia), Benjamin Netanyahu (Israel) e Christine Lagarde (FMI) ajudam a compor a lista.
No mundo da música, Adele e Rihanna aparecem, e no esporte, Novak Djokovic e Lionel Messi.
Veja a lista completa abaixo:
Jeremy Lin Christian Marclay Viola Davis Salman Khan Tim Tebow E.L. James Louis CK Rihanna Marco Rubio Ali Ferzat René Redzepi Kristen Wiig Anthony Kennedy Novak Djokovic Ben Rattray Jessica Chastain Yani Tseng Raphael Saadiq Elinor Ostrom Samira Ibrahim José Andrés Ann Patchett Dulce Matuz Henrik Schärfe Freeman Hrabowski Maryam Durani Manal al-Sharif Anjali Gopalan Rached Ghannouchi Barbara Van Dahlen Ron Fouchier Donald Sadoway Hans Rosling Asghar Farhadi Sarah Burton Anonymous Pete Cashmore Cami Anderson Ali Babacan and Ahmet Davutoglu Ai-jen Poo Marc Andreessen Preet Bharara Robert Grant Andrew Lo Sharmeen Obaid-Chinoy Alexei Navalny Ray Dalio Hamad bin Jassim bin Jaber al-Thani Chelsea Handler Harvey Weinstein Chen Lihua Warren Buffett Alice Walton Harold Hamm Sheryl Sandberg Sara Blakely Eike Batista Tim Cook Daniel Ek Virginia Rometty Barack Obama Goodluck Jonathan Xi Jinping Fatou Bensouda Christine Lagarde Mario Draghi U Thein Sein Ayatullah Ali Khamenei Mitt Romney Juan Manuel Santos Timothy Dolan Portia Simpson Miller Mario Monti Wang Yang Maria das Graças Silva Foster Andrew Cuomo Iftikhar Chaudhry Mamata Banerjee Walter Isaacson Ron Paul Benjamin Netanyahu Dilma Rousseff Erik Martin Cecile Richards Angela Merkel Lionel Messi Tilda Swinton Hillary Clinton Catherine, Duchess of Cambridge
Pippa Middleton Adele Matt Lauer Oscar Pistorius Claire Danes Stephen Colbert
Cabeleireiro diz que seu Peugeot 206 ficou sem controle em uma descida.
Segundo ele, carro foi impulsionado por monte de lixo ao lado de córrego.
Cabeleireiro diz que seu Peugeot 206 ficou sem controle em uma descida.
Juliana CardilliDo G1 SP
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O cabeleireiro Daniel de Oliveira, de 25 anos, afirma que um problema no câmbio foi a causa do acidente com o carro que ele dirigia e que atingiu o segundo andar de uma casa no Itaim Paulista, Zona Leste de São Paulo.
O acidente foi na manhã de domingo (15) e teve grande repercussão depois que a imagem do carro pendurado nos fundos da casa foi divulgada na segunda. Oito pessoas estavam na casa, incluindo cinco crianças, mas ninguém no imóvel ficou ferido. Oliveira, que teve de ser retirado do veículo pelos bombeiros, teve ferimentos leves.
Em entrevista ao G1, ele conta que voltava para casa após uma festa de aniversário, quando o carro ficou sem controle em uma descida e foi lançado para o ar ao passar por uma elevação na beira de um córrego.
Oliveira diz que perdeu o controle de seu Peugeot 206, ano 2001, na Rua Padre Francisco Veloso, onde mora. A via tem um trecho em declive, e termina em um córrego. Do outro lado dele ficam os fundos da casa atingida.
Na margem do córrego, há um monte de terra formado por entulhos, que ajudou a projetar o carro em direção ao segundo andar do imóvel.
Oliveira disse que não tem carteira de habilitação e que havia bebido na festa – entretanto, ele afirmou saber dirigir e disse que não estava alcoolizado.
"Eu não estava alcoolizado.Tinha consumido [bebida alcoólica], mas muito pouco, e eu tinha parado à 1h [o acidente aconteceu por volta das 7h30]. Se fosse acontecer alguma coisa pela bebida ia ser no caminho de volta, peguei [a rodovia] Ayrton Senna, a Marginal Tietê. Não [seria] bater na porta da minha casa", disse o cabeleireiro.
O jovem diz não se lembrar do momento da batida. "Só lembro que a alavanca [do câmbio] levantou e eu não consegui parar o carro. Não sei se o carro morreu, se travou o acelerador. E lembro de alguém abrindo a janela da casa. Não sei se era o bombeiro ou se era o dono da casa", afirmou.
Antes do acidente, Oliveira relatou que havia percebido problemas no câmbio no caminho entre o Tatuapé, também na Zona Leste, onde foi comemorado o aniversário do amigo, e sua casa. "Eu não conseguia engatar as marchas. Depois eu consegui e vim para casa. Parou de novo, mas consegui seguir. Quando cheguei aqui só lembro da alavanca subindo e eu perdendo o controle."
Oliveira ficou preso dentro do carro e precisou ser resgatado pelos bombeiros por meio de cordas. Ele teve ferimentos nos braços e no rosto, e sente muitas dores nas costas "Só as pernas estão legais, o resto dói tudo. O airbag que salvou. E Deus. No caso, foi Deus, o airbag só ajudou. Podia ter sido pior, tanto para mim quanto para a família", disse (veja ao lado reportagem do SPTV de segunda-feira sobre o acidente.)
Prejuízos O carro havia sido comprado por Oliveira há cerca de seis meses e ainda há 32 parcelas a serem pagas. A família ainda não sabe para onde o veículo – que não tinha seguro – foi levado. O G1 entrou em contato com a delegacia onde o caso foi registrado e com a Secretaria de Segurança Pública para saber o destino do automóvel e se ele passou por perícia. Até o horário de publicação desta reportagem, delegacia e secretaria não haviam dado resposta.
Oliveira não quis comentar o fato de não ter carteira de habilitação. O Código Brasileiro de Trânsito (CTB), de 1997, inclui a conduta de dirigir sem habilitação na lista de crimes, passível de detenção de seis meses a um ano, ou multa. Um inquérito foi instaurado no 50º Distrito Policial para investigar o caso.
Além do prejuízo pessoal, o cabeleireiro e sua família se comprometeram a pagar a reforma da casa atingida – com o impacto da batida, uma parede da casa foi destruída, além de um banheiro e parte de um quarto. "A casa é tudo comigo. No hospital o policial veio falar comigo e eu disse que podia avisar a família. O mais importante é que estou vivo, e eles também."
O pai do cabeleireiro, Joaquim de Oliveira, já havia conversado por telefone com os donos da casa atingida na manhã desta terça-feira (17) e iria até o imóvel ainda durante a manhã para se informar sobre os gastos necessários.
Interdição O imóvel foi parcialmente interditado pela Defesa Civil – o segundo andar foi liberado apenas para a realização das obras necessárias. O primeiro andar foi liberado para a família. Entretanto, a dona de casa Luciene Jesus de Almeida, que mora no local com o marido e o filho de 10 anos, preferiu passar a noite na casa de uma vizinha. "Estou com medo de ficar aqui com aquele buraco aberto. E está muita bagunça ainda", disse ela na manhã desta terça.
Um pedreiro estava no imóvel nesta manhã para avaliação do que precisará ser feito. Luciene confirmou que a família de Daniel se ofereceu para pagar a reforma, mas disse que ainda não tem uma estimativa do valor necessário para a realização das obras.
ESTADOS UNIDOS - A frase “Jesus não é homofóbico” na camiseta de Maverick Couch (foto), aluno gay da escola de Waynesville, no Estado norte-americano de Ohio, foi o motivo para que ele fosse impedido de entrar na escola, com ameaça de suspensão por parte da diretoria da instituição.
A camiseta de Couch trazia a frase junto das cores do arco-íris. O diretor da escola, Randy Gebhardt, afirmou que a mensagem era “indecente e inapropriada ao ambiente escolar”.
Sugerir que [a camiseta] é ofensiva, inapropriada ou sexual é realmente um tipo de humilhação à mensagem que Maverick queria passar, argumentou o advogado do adolescente, Christopher Clark, que está processando a escola.
Eu já sofri bullying e xingamentos e queria usar a camiseta para estimular o respeito a todos os estudantes, gays ou héteros. Eu espero que a escola me ajude a criar uma ambiente de aceitação para garotos LGBT, não de punição, declarou Maverick Couch.
Se você ligar hoje à tarde a TV Globo e assistir o Faustão fazendo suspense em torno dos melhores de 2011, fique atento: nada é ao vivo. O programa foi gravado ontem e o GENTE DE MÍDIA adianta quem foram os vitoriosos que levara para casa o troféu Mário Lago do "Domingão do Faustão".
Melhor atriz - Lília Cabral (a Griselda de "Fina Estampa")
Melhor ator - Gabriel Braga Nunes (o Léo de "Insensato Coração") Melhor ator coadjuvante - Marcelo Serrado (o Crô de Fina Estampa) Melhor atriz coadjuvante - Cássia Kis Magro (a Dulce de Morde & Assopra) Melhor ator revelação - Domingos Montagner (o Herculano de "Cordel Encantado") Melhor atriz revelação - Giovana Lancelloti (a Cecília de "Insensato Coração") Melhor atriz-mirim - Jesuela Mouro (a Júlia de "A Vida Gente") Cantor revelação - Léo Magalhães Melhor ator de comédia - Rodrigo Santana (Valéria Bandida) Melhor jornalista - Fátima Bernardes Melhor dupla - Vitor e Léo Melhor cantora - Paula Fernandes Melhor cantor - Luan Santana
Como muitos de vocês devem ter acompanhado, houve a denúncia de um tal de Rodeio das Gordas, que ocorreu durante o InterUNESP desse ano. Trata-se de uma “brincadeira” na qual rapazes chegavam perto das garotas e as agarravam, tentando ficar o maior tempo possível para ganhar a disputa, como se a mulher fosse um cavalo.
Confesso que não vi isso ocorrendo lá, mas o InterUNESP é um evento grande, com participação de mais de 15 mil pessoas. Além disso, os eventos ocorriam em diversos ginásios e locais esportivos, além da tenda onde rolavam festas e jogos “alternativos”. Não duvido da capacidade de alguns universitários brasileiros que acham que possuem o rei na barriga.
Link YouTube | Ninguém faria isso sozinho, mas em grupo fica mais fácil, né?
Começou, então, a polêmica de chamar essa coisa toda de bullying. Vejamos a definição da Wikipedia:
“Bullying é um termo em inglês utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo ou grupo de indivíduos com o objetivo de intimidar ou agredir outro indivíduo (ou grupo de indivíduos) incapaz(es) de se defender.”
Acho que a grande polêmica está na afirmação “incapazes de se defender”. Será que todo mundo é capaz de se defender de um ato de violência psicológica, por exemplo? Complexo.
Se formos generalizar um pouco as coisas, acredito que o trote, que ocorre na entrada dos calouros na universidade, também poderia ser considerado bullying. De qualquer forma, acho esse termo uma mera modinha. O fato é bem antigo em nossas universidades. Pensei, pois, em escrever esse texto para mostrar a quem nunca passou por um trote que a coisa pode ser bem pior do que esse Rodeio das Gordas.
Aqui vai a lista dos 10 trotes mais tradicionais e escrotos da universidade brasileira.
10º Apelidos carinhosos
A provável origem dessa tradição está na época da ditadura militar. Os estudantes procuravam produzir textos a favor da resistência, mas não se identificavam diretamente para não serem pegos pelas autoridades.
Depois que a ditadura acabou, os apelidos continuaram e foram tomando significados bem pejorativos, dependendo da pessoa, passando por apelidos preconceituosos relacionados à etnia (Negão, Preto, Tiziu, Macacão, Albino) ou com direta referência sexual (Clitoruda, Dá-o-Rabo, Vem-me-comê).
9º Corte de cabelo da moda
Para não passar de coitadinho, basta dizer que mudou de religião e começar a ouvir músicas estranhas para contextualizar o corte.
Esse dispensa qualquer explicação. Em algumas universidades, os calouros são obrigados a manter o corte de cabelo até a “data de libertação dos bixos”, que ocorre depois de uns três meses do ingresso na universidade.
8º Passar o palitinho
O desafio: passar um palitinho de boca em boca numa fila. Existem versões com duas filas para homens e mulheres, o que aumenta a dificuldade. Se alguém deixa o palitinho cair, ele é quebrado pela metade. Entendeu o drama, né?
7º Elefantinho
Esse é um dos mais tradicionais. Dá uma puta dor nas costas, depois de uns 15 minutos andando desse jeito, que vocês não têm ideia. E vem com um bônus: você pode dar a sorte de ficar de cara com a bunda de alguém com dor de barriga e sentir os gases nobres antes que todo mundo.
6º Cuecão
Esse é bem tradicional também. Faz os calouros desistirem de usar cueca até a data de sua “libertação”. Caso contrário, podem ter a incrível oportunidade de sentir suas bolas na garganta. Pode ser que a pessoa goste também, veja como o cara do vídeo abaixo fica dando risada. Tem gosto pra tudo.
5º Creolina
Até agora a coisa estava engraçada. Ninguém pegou pesado. Alguns estudantes em Barretos acharam divertido jogar creolina nos calouros e ver a pele deles queimar.
Ah, vai, para de ser chato, é só uma brincadeira de integração!
4º Combustível
Você abastece seu carro com pinga? Não? Então por que dar álcool combustível para o calouro?
3º Ficar pelado
Degradante, a não ser que você seja muito extrovertido. É incentivado por veteranos com problemas íntimos com sua própria sexualidade. Obrigam os calouros a ficarem pelados no meio de grandes aglomerações de pessoas, sobretudo nas festas da faculdade.
| Acho que entendi o significado da palavra “pelada” pra futebol.
2º Mastiguinha
O veterano pega um alimento, por exemplo uma linguiça servida no churrasco da faculdade, mastiga algumas vezes e cospe na mão de um calouro, que é obrigado a comer. Também existem variações, como na forma de fila. Começa com o veterano, passa para o primeiro calouro que mastiga, cospe na mão do próximo calouro, que mastiga e vai passando até chegar no último, que tem de engolir.
No final deve estar bem pior que isso.
1º Abuso psicológico
O veterano lança mão de toda a sua autoridade (atribuída por quem mesmo?) e ordena o que desejar ao calouro. Aqui entram todos os outros trotes degradantes, personalizados, que somente cada veterano pode planejar. Pode causar, inclusive, a morte de pessoas, como aconteceu com um estudante de medicina da USP, em 1999.
Algumas outras situações comuns são ordens aos calouros para pular na piscina (na temperatura ambiente de menos de 10ºC), tomar bebida alcoólica até passar mal, ajoelhar no chão contendo cacos de vidro, comer cebola, alho e folhas de guaco, tomar reforço (uma mistura de catchup, mostarda, ovo cru, cerveja e o que mais tiver na área)… Não há limite para a criatividade maligna. Entram aqui também os gritos no ouvido e a humilhação verbal perante as demais pessoas do recinto.
Qual o limite da brincadeira saudável?
A questão do trote sempre foi muito polêmica. Nunca tive uma opinião definida. Conversando com pedagogos e psicólogos, muitos já me falaram que o simples fato de um calouro receber um apelido carinhoso já pode deixar traços marcantes em sua personalidade, dependendo do significado do apelido e do modo como é recebido internamente.
Perder sangue, não cabelo, não dignidade. | UFRGS e UNISC 2010.
No entanto, não me sai da cabeça também que algumas brincadeiras foram muito importantes, na minha fase de calouro, para a integração com os demais estudantes, inclusive meus colegas de sala que se enrascavam comigo. Na fase de veterano, provocar brincadeiras saudáveis também abriu a comunicação com os calouros que eu ainda não conhecia.
Quanto aos trotes solidários, não acredito que funcionem muito bem. Não satisfazem a vontade do veterano em dar trote, em se sentir superior. Portanto, por mais que ache válida a iniciativa, não acho que seja solução para o problema.
É também difícil definir limites para o trote. Como podemos permitir o corte de cabelo se uma tesoura pode machucar, mesmo que não intencionalmente, a orelha de um calouro? Portanto, a iniciativa que as autoridades tem tomado é proibir totalmente o trote na universidade, para evitar abuso. Fora da universidade, o calouro que tomar trote e se sentir lesado, pode procurar a polícia e fazer uma denúncia contra o agressor.
Pintar muros de escolas em vez de perder tempo com tarefas sem sentido.
E você, caro leitor, o que acha do trote nas universidades? Tirando as ações bizarras que causaram sofrimento e até morte, claro. Comente também sobre o que acha do “Rodeio das Gordas”. Se ele ocorresse com qualquer tipo de menina ou com meninos, seria também um problema?